Ángel María Villar, ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) foi acusado pelo Tribunal Nacional de ilegalidades em contratos assinados entre 2007 e 2017 que teriam causado à entidade um prejuízo de 4,5 milhões de euros.
O juiz do caso ordenou a abertura de um processo e propôs a acusação de Villar por administração desleal, apropriação indevida, corrupção entre particulares, falsificação de documentos e ocultação de bens, crimes relativos à organização de partidas internacionais.
Em causa estão alegados benefícios concedidos a empresas do filho de Ángel Villar relacionados com jogos internacionais disputados pela seleção espanhola de futebol.
Juntamente com Villar, que esteve à frente da RFEF entre 1988 e 2017, outros sete suspeitos foram acusados, incluindo o filho, Gorka Villar, e o ex-vice-presidente da RFEF Juan Padrón. No denominado caso Soule, a investigação judicial teve início em 2017, quando Villar ainda estava à frente da RFEF. À data, o então presidente da RFEF esteve detido alguns dias, tal como o filho e Padrón.
Ángel María Villar pagou uma fiança de 300 mil euros para poder deixar a prisão, o mesmo valor gasto pelo vice-presidente do organismo Juan Padrón, enquanto o filho Gorka Villar pagou 150 mil euros.
Segundo a tese apresentada nesta terça-feira pelo juiz, Villar poderá ter obtido contratos com condições económicas prejudiciais para a RFEF e ainda o pagamento à entidade de remunerações que não correspondiam a qualquer prestação de serviços. Tudo isso terá resultado em perdas para a Federação no valor de 4,5 milhões de euros.
Fonte: Mais Futebol