Tozé Marreco: «Os cinco capitães quiseram falar comigo»

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Declarações de Tozé Marreco, treinador do Farense, na conferência de imprensa após a derrota por 0-2 frente ao Boavista este domingo, 9 de Fevereiro, no Estádio São Luís, em Faro.

[Disse, na flash interview, que colocou o lugar à disposição. Já falou com o presidente?]

O meu lugar está sempre à disposição. Temos um presidente, estrutura, direção geral que vive para o clube. Há três ou quatro pessoas que trabalham muito próximas. Portanto, sei o quanto eles sofrem nestes momentos, sei bem daquilo que ele [presidente] coloca em prol do grupo.

O meu lugar está sempre à disposição se [o presidente] achar que deve alterar alguma coisa naquilo que é o grupo, se o meu trabalho não estiver a ser suficiente. Assumo todas as responsabilidades por tudo o que se passar esta época. Se aquele homem achar que há mais hipóteses de o Farense se manter na I Liga sem estar eu ao comando, dou-lhe um abraço e faço as minhas malas para Coimbra.

Os cinco capitães quiseram falar comigo. Quiseram passar-me toda a carta branca no aspeto de estarem disponíveis para tudo o que eu decida em prol do grupo. Um apoio que lhes agradeci e que me foi muito importante também, mostrarem um apoio incondicional ao meu trabalho, de que eu não estava à espera.

[Que análise faz ao jogo?]

Ao minuto 41, a expulsão de Elves Baldé… são erros absolutamente injustificáveis. Pedi muito equilíbrio emocional, porque nesta altura o ter de ganhar causa muita ansiedade.

Isso condicionou-nos o jogo, porque o Baldé tinha uma preponderância grande na parte ofensiva e fomos novamente prejudicados por um erro desta natureza, do qual eu sou o responsável, porque sou eu que escolho os jogadores. Eu sou o responsável por esse tipo de atos irrefletidos.

O pior que pode acontecer num jogo em que já temos pressão, em que sabemos que temos de pontuar, é sofrer um golo, e logo no início da segunda parte. E depois não conseguimos fazer o golo de que precisávamos, que também criámos mais do que suficiente [para marcar]. O golo era merecido, mas não foi suficiente.

[O que o Farense tem de fazer para mudar o rumo?]

O Farense tem de, efetivamente, mudar muita coisa. Tem de mudar a forma de estar em alguns momentos no aspeto de isto não é tudo igual.

Há pessoas que não têm noção do que é o Farense, do que representa, a história que tem. Ganhar ou perder não pode ser igual. Às vezes, sinto que tem de haver muito mais responsabilidade.

Sou o primeiro a dar a cara, porque praticamente vivo no São Luís e trabalho para isto. Mas temos de ser muito mais responsáveis e temos sido irresponsáveis nalguns momentos.

[O porquê de Yusupha e Rui Costa não terem sido titulares?]

O Rui estava em pré-época, o Yusupha vem sem competição… Não há milagreiros. Isto resolve-se enquanto grupo. Os jogadores têm de ser preparados para acrescentar. Se calhar se o Yusupha tivesse entrado de início, não tinha a capacidade para a mesma resposta porque não está preparado. O Rui Costa a mesa coisa.

Se os nomes jogassem, íamos buscar alguns à reforma: o Figo, o Quaresma.

Fonte: Mais Futebol

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