Christopher Garman: Gleisi no Planalto é revés para equipe econômica

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A indicação de Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais do Governo Federal sinaliza uma mudança significativa na estratégia política do presidente Lula, segundo análise de Christopher Garman, diretor-executivo da Eurasia Group.

Garman destaca três principais desdobramentos desta nomeação. Primeiramente, ele aponta que a escolha de Hoffmann é um “sinal claríssimo” de que Lula está entrando em “modo campanha”.

O analista explica que o presidente tem expressado insatisfação com a defesa de seu governo por parte dos ministros, especialmente diante da queda na aprovação popular.

O segundo ponto levantado por Garman é o potencial impacto negativo para a equipe econômica liderada pelo ministro Fernando Haddad. Hoffmann tem sido uma crítica contumaz da política econômica atual, e sua posição de maior influência no Palácio do Planalto pode representar um desafio para o ministro da Fazenda.

Garman ressalta que, embora a nomeação não indique necessariamente uma mudança imediata na política econômica, pode haver maior pressão por ajustes fiscais caso a aprovação popular de Lula continue em declínio.

Por fim, o analista avalia que a repercussão no Congresso Nacional tende a ser mais modesta. Apesar da reputação de Hoffmann como uma liderança mais “truculenta”, podendo não agradar o chamado “Centrão”, ela mantém bom trânsito com a alta cúpula do Legislativo.

Garman lembra que Hoffmann teve papel importante na eleição de Arthur Lira para a presidência da Câmara, o que pode facilitar as negociações dos projetos prioritários do governo no Congresso Nacional.

Fonte: CNN Brasil

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