A medida, segundo o presidente da Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM), Anselmo Muchave, que falava ontem em Maputo, em conferência de imprensa, resulta do alegado incumprimento dos acordos firmados em Junho e Agosto de 2023, entre a classe e as autoridades, para o ajuste salarial, pagamento de horas extraordinárias, de turno e outras solicitações.
Referiu que mesmo após os dois anos de negociações as unidades sanitárias continuam a ressentir-se da indisponibilidade de material médico-cirúrgico, medicamentos, alimentação para os doentes e trabalhadores, o que se reflecte na qualidade dos serviços prestados.
“Faltam fármacos nos hospitais e os pacientes são obrigados a comprá-los em farmácias privadas, os laboratórios não têm reagentes e os serviços de Raio X, por exemplo, sem chapas para a impressão de resultados”, disse.
A fonte afirmou não ter havido a intenção de melhorar as infra-estruturas dos blocos operatórios, o seu apetrechamento e enquadramentos do regime geral e específico do Sistema Nacional de Saúde (SNS) de profissionais como agentes de serviço, motoristas, administrativos e outros que trabalham nas enfermarias.
Referiu que esperavam que um pacote direccionado a solucionar as reivindicações da classe constasse no plano dos primeiros 100 dias de governação.
Muchave recordou que durante a greve do ano passado alguns profissionais envolvidos sofreram cortes salariais e que até aqui não foram ressarcidos, tendo solicitado, igualmente, esclarecimento sobre a data fixa em que auferem o vencimento mensal, visto que este ocorre de forma aleatória.
Fonte: Jornal Noticias