O árbitro polaco Szymon Marcinniak passou esta semana pelo momento mais mediático da sua carreira depois de ter anulado o penálti de Julián Alvarez no desempate entre Atlético Madrid e Real Madrid no jogo da segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões. Já depois de toda a gente se ter pronunciado sobre o lance que foi escrutinado à lupa, agora foi a vez do homem que tomou a polémica decisão dar a sua perspetiva sobre o lance.
VÍDEO: aqui não há dúvidas, Álvarez tocou duas vezes na bola
Um penálti anulado numa série de desempate é invulgar e o facto das imagens não serem percetíveis, deu azo a muitas especulações, mas agora Marcinniak veio a público dizer que foi ele próprio que alertou o VAR para a possibilidade do avançado argentino ter tocado duas vezes na bola. «Fui eu que informei os árbitros do VAR de que havia 99 por cento de probabilidades de Alvarez ter tocado duas vezes na bola e eles, depois, comprovaram minuciosamente», começar por referir o árbitro de 44 anos.
Uma situação muito rara num jogo de futebol. «Para ser sincero, nunca tinha passado por uma situação assim na minha carreira de árbitro, mas os jogadores conhecem as regras», comenta também o árbitro.
Um lance que deu muito que falar nas redes sociais, com muitos adeptos colchoneros a considerarem que o árbitro cedeu à pressão dos jogadores do Real Madrid sobre o terreno de jogo. «É absolutamente falso que tenha sido Mbappé a alertar-me para a situação dos dois toques», destacou ainda Marcinniak, recusando ter sentido qualquer pressão da parte dos jogadores do Real Madrid.
Uma versão que entra em contradição com as declarações de Rodrygo, no final do jogo, à TNT Sports. «Foi engraçado. Estava no banco e a forma como a bola sai das suas botas foi muito estranha, como se tivesse tocado duas vezes. Tínhamos uma câmara atrás e alguém começou a gritar “dois toques, dois toques!”. Foi aí que começamos a pressionar o árbitro, ele viu que efetivamente houve dois toques. Nunca tinha visto uma coisa assim», contou, na altura, o jogador do Real Madrid.
Fonte: CNN Portugal