Certificar todas as provas realizadas em Portugal e licenciar quem nelas participa são dois objetivos assumidos pela Direção da Federação Portuguesa de Atletismo, liderada por Domingos Castro, já a partir da próxima temporada.
As propostas, que geraram críticas no seio da modalidade, foram explicadas pelo dirigente à agência Lusa. Se, por um lado, «há uma quantidade de provas que não são legais», que o organismo pretende «certificar e dar-lhes o devido valor», por outro, os atletas não federados terão de pagar um valor de até 35 euros anuais para poderem participar nelas.
«Os atletas pagam 15, 20 ou 30 euros por inscrição (numa prova) e não reclamam nada. Vão fazê-lo por três euros (por prova) ou 35 euros (anuais), neste caso podendo participar em todas as provas? O que vão receber (em benefícios) é muito superior ao valor da licença de um ano. Praticamente, somos nós quem paga a filiação», explicou Domingos Castro, que acrescenta: «A Federação nada está a inventar, pois isso é o que se faz lá fora».
Quem aderir à licença anual terá direito a seguro e descontos em combustível. O controlo da legalidade das provas vai ser feito pelas associações.
O presidente da Federação admite que alguns promotores de provas «não gostaram muito da ideia», mas garante que a medida «não vai mexer rigorosamente nada com o seu dinheiro».
«O que vão ter de pagar é as licenças dos pareceres e a legalização das provas», esclareceu o dirigente, que irá reunir com estes agentes para que se possa alcançar um «entendimento bom para todos, sobretudo para a modalidade».
«Esta Direção está a fazer uma aposta muito, muito forte na formação dos nossos jovens, quer dar-lhes todas as condições. E também quer colaborar com a sociedade, na promoção da sua saúde e bem-estar, principalmente quando sabemos que 74% dos portugueses não pratica exercício físico», defendeu Domingos Castro, eleito presidente da Federação Portugal de Atletismo em outubro do ano passado.
Fonte: CNN Portugal