Tráfego Aéreo em Moçambique Recupera Pós-Crise e Alcança 2,05 Milhões de Passageiros em 2024

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Destaques

Os dados consolidados dos Aeroportos de Moçambique mostram crescimento anual em passageiros, carga e operações, embora alguns segmentos ainda não tenham recuperado totalmente os níveis de 2019.

Efectivamente, o ano de 2024 consolidou a retoma do tráfego aéreo em Moçambique, com um crescimento generalizado nos principais indicadores operacionais. Os dados oficiais dos Aeroportos de Moçambique revelam um total de 2.055.435 passageiros transportados, o que representa um crescimento de 4,1% face a 2023, reforçando a recuperação do sector após os impactos da pandemia e da desaceleração económica global.

Expansão Sustentada em Todos os Segmentos

O crescimento verificou-se em todas as categorias de voo. O tráfego doméstico atingiu 1.233.251 passageiros, um aumento de 2% em relação ao ano anterior. O tráfego regional, correspondente a ligações com países da SADC e da África Oriental, registou um crescimento mais expressivo, com 585.080 passageiros transportados, o que corresponde a um acréscimo de 8%. Já o tráfego intercontinental, com 237.104 passageiros, manteve-se estável, mas com tendência ascendente.

Também o movimento de aeronaves apresentou crescimento: em 2024 foram registados 61.182 movimentos, enquanto os sobrevoos atingiram 3.740. Estes números confirmam Moçambique como um ponto estratégico no corredor aéreo da África Austral. No segmento de carga, a recuperação foi igualmente notável: com 10.957 toneladas transportadas, o volume registou um crescimento de 11% face ao ano anterior.

Aeroporto Internacional de Maputo Lidera

O Aeroporto Internacional de Maputo reafirmou a sua posição como principal plataforma aeroportuária do país. Em 2024, movimentou 1.139.719 passageiros, sendo responsável por mais de 55% do total nacional. No mesmo período, registou 21.234 movimentos de aeronaves, além de liderar nos segmentos de carga e correio, com 7.152 toneladas e 355,8 toneladas, respectivamente.

O aeroporto da capital continua a ser a principal porta de entrada e saída do país, liderando tanto no tráfego intercontinental como regional. É também o principal elo logístico da cadeia de abastecimento aérea, com forte concentração no transporte de carga comercial.

Rede Regional em Expansão

Para além da capital, os aeroportos regionais apresentaram desempenhos relevantes e reforçaram o seu papel estratégico. O Aeroporto da Beira movimentou 199.234 passageiros, consolidando-se como o segundo mais importante do país. Nampula registou 187.957 passageiros, com destaque para o aumento de ligações regionais. Pemba, com 167.212 passageiros, e Vilankulo, com 89.430, confirmaram o seu peso no turismo e na mobilidade de pequena escala.

Estes aeroportos têm vindo a posicionar-se como plataformas regionais vitais, contribuindo para a coesão territorial e a integração de zonas periféricas no sistema económico e logístico nacional.

Os dados de 2024 confirmam que o sector aéreo moçambicano entrou numa nova fase de estabilização e crescimento. Apesar de alguns segmentos, como o transporte internacional de carga, ainda não terem recuperado os níveis de 2019, a trajectória é positiva e revela um sector em reorganização dinâmica.

Com políticas públicas adequadas, maior articulação entre os sectores dos transportes, turismo e comércio, e investimento contínuo em infra-estruturas regionais e digitalização operacional, Moçambique poderá transformar os seus aeroportos não apenas em terminais logísticos, mas em motores de desenvolvimento económico e territorial.

O relatório estatístico actualizado dos Aeroportos de Moçambique indica uma recuperação progressiva do tráfego aéreo no país, com números que confirmam a retoma da mobilidade interna e externa após os efeitos da pandemia. Em 2024, o volume global de passageiros ultrapassou os 2 milhões, com destaque para o tráfego doméstico (1,23 milhões) e regional (585 mil), enquanto os movimentos de carga e correio também demonstraram tendência de recuperação.

Desempenho Global 2019–2024

Apesar do impacto severo da pandemia em 2020 e 2021, os indicadores de 2024 aproximam-se — ou mesmo superam — os níveis de 2019 em alguns segmentos. Em particular:

O crescimento anual médio entre 2019 e 2024 foi de 5% para passageiros, 4% para aeronaves e sobrevoos, 3% para carga, e 2% para correio.

Fonte: O Económico

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