Vendedores do Maquinino exigem retirada de informais fora do mercado 

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Centenas de vendedores do Mercado do Maquinino, na cidade da Beira, em Sofala,  bloquearam, hoje, parte da avenida Armando Tivane, como forma de exigir a retirada de outros vendedores nas bermas da rodovia. A Polícia recorreu a disparos para repor a ordem pública.

Bloquear a avenida foi a forma que os vendedores do mercado de Maquinino encontraram para exigir a retirada dos informais na parte externa do mercado. É que muitos vendedores ocuparam parte da rodovia e do espaço reservado para o parqueamento de viaturas, o que, segundo os protestantes, prejudica as suas vendas dentro do mercado.

“Fizeram esse mercado aqui, para nós estarmos dentro e não fora. Agora, por que o mercado agora está fora? Nós sofremos para pagar senha lá [dentro do mercado], e quando não pagamos somos maltratados, mas aqui fora estão gorjetar [dar suborno] para serem deixados vender”, disse uma das manifestantes. 

Os vendedores que comercializam os seus produtos na parte externa do mercado têm justificações diferentes para se  fazerem no local. Alguns alegam não ter banca e outros dizem vender fora do mercado, porque é onde há maior movimento.

No interior do mercado, várias bancas vazias podem ser vistas, o que refuta a justificação de falta de espaço. “Há aqui muito espaço, que o município organizou para que todos pudéssemos ficar aqui dentro. Além disso, aqueles que estão lá fora do mercado correm riscos”, reclamou uma vendedora do mercado. 

A Polícia tentou articular com os vendedores para removerem as barricadas na via, mas sem sucesso. 

“Quem fechar a estrada vamos cair em cima dele, não vamos permitir isso. Vocês têm toda a razão, mas perdem a razão por fecharem a estrada. Vocês têm que pensar em como resolver o problema sem prejudicar os outros”, apelou um agente da PRM. 

Visto que o pedido da Polícia não foi acatado pelos vendedores, os agentes da PRM tiveram de remover as barricadas. Contudo, outros vendedores insistiam em bloquear a via, ameaçando a integridade física dos agentes, facto que levou a PRM a disparar para o ar com objectivo de repor a ordem.

No fim da manhã, a ordem foi reposta e a circulação regressou à normalidade.

A comissão do mercado de Maquinino disse que só falará à imprensa na quarta-feira, alegando que pretende, primeiro, discutir o assunto com os vendedores e a vereação dos mercados, a fim de  encontrarem solução do problema.

Fonte: O País

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