Famílias no centro de acomodação das Mahotas já têm talhões

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As famílias que há mais de três anos vivem no Centro de Acomodação das Mahotas, na Cidade de Maputo, já receberam terrenos para habitação no Distrito Municipal KaTembe, mas ainda enfrentam dificuldades para se transferirem do local.

São no total 38 famílias que vivem em tendas do centro de acomodação das Mahotas, periferia da Cidade de Maputo, em consequência das inundações resultantes das águas da chuva no período entre 2022 e 2023.

Depois de várias reclamações em relação às precárias condições de vida nas tendas, há um mês que o Município de Maputo devolveu o sorriso às famílias. Distribuiu talhões no Distrito Municipal de KaTembe. 

“Terrenos já fomos mostrados, cada um já tem o terreno dele. Já conhece. Assim, cada um vai trabalhar no terreno dele e faz o que dá, plantar árvores no terreno dele”, disse Gabriel António, um dos moradores do centro.

Maria Manhiça gostaria de abandonar o Centro de Acomodação das Mahotas o mais breve possível, mas a zona onde lhe foi atribuído terreno ainda precisa de arruamentos.

“O que nos inquieta é que queremos que nos tirem deste lugar (…) O proprietário já precisa do seu espaço para o usar, mas falta as autoridades levarem-nos para os nossos terrenos”,  lamentou.

Segundo Gabriel António, ainda não há data para a desocupação do centro, porque o Município de Maputo procura parceiros para flexibilizar o processo de reassentamento na Katembe.

“O Município diz que ainda está a bater portas para as ajudas, mas já entregaram terrenos, agora começaram a fazer as latrinas, já nos distribuíram lonas para fazer as lonas”, disse. 

As famílias falavam, neste sábado, durante uma visita do Presidente do MDM ao Centro de Acomodação das Mahotas. Lutero Simango criticou a falta de abrangência das políticas de habitação no país, argumentando que tais continuam a ser direcionadas para satisfazer uma certa camada social. 

As famílias no Centro de Acomodação das Mahotas queixam-se de problemas como fome e precárias condições de higiene.

Fonte: O País

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