O Bitcoin está a menos de 1% de igualar o seu máximo histórico, impulsionado por um aumento da procura institucional e pela crescente participação de tesourarias corporativas. O movimento coincide com um contexto macroeconómico que reforça a atratividade dos activos digitais como reserva de valor alternativa.
O Bitcoin valorizou 3,2% no início da semana, atingindo US$ 122.000, muito próximo do recorde histórico de US$ 123.205 registado em Julho. A recuperação foi acompanhada por um movimento expressivo no Ether, que subiu para US$ 4.300, patamar não visto desde Dezembro de 2021.
Segundo dados da Coingecko, veículos corporativos especializados na acumulação de Bitcoin — conhecidos como digital asset treasuries — já detêm reservas avaliadas em US$ 113 mil milhões. No caso do Ether, dados da strategicethreserve.xyz indicam um volume acumulado de US$ 13 mil milhões.
Para Rachael Lucas, analista da BTC Markets, “a subida do Bitcoin para níveis recorde está a ser apoiada por influxos institucionais constantes nas tesourarias corporativas, ETFs spot dos EUA e uma mudança no sentimento após as novas tarifas dos EUA sobre barras de ouro importadas”. A especialista acrescenta que, perante gargalos de abastecimento e riscos geopolíticos no mercado do ouro, o Bitcoin começa a consolidar o seu estatuto de reserva de valor “sem fronteiras e sem tarifas”.
O movimento também repercutiu no mercado de opções, com a relação put-call geral do Ether a situar-se em 0,40, sinalizando um sentimento optimista. A maior concentração de opções de compra com vencimento a 26 de Dezembro está posicionada nos US$ 6.000, segundo dados da Deribit.
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p dir=”ltr”>Sean McNulty, líder de negociação de derivados para a APAC na FalconX Ltd., destacou que o posicionamento tanto no Bitcoin como no Ether está fortemente inclinado para as opções de compra em Setembro e Dezembro, reflectindo expectativas de cortes de taxas e maior adopção por parte do sistema financeiro tradicional.
No curto prazo, o próximo alvo técnico para o Bitcoin é a superação do máximo anterior de US$ 123.205, enquanto Lucas aponta que o suporte relevante se encontra em torno dos US$ 116.000, caso o actual momentum perca força.
Fonte: O Económico