São infraestruturas que ganham forma à luz do dia e roubam espaço da reserva do aeródromo de Chibuto e da Dingsheng minerais, empresa que explora as areias pesadas, na província de Gaza.
As 40 famílias, que se recusam a deixar o bairro Canhanda, são obrigadas a viver na escuridão, bem como, a percorrer mais de 10 quilómetros em busca de água, há 7 meses.
Alfredo Adriano, de 35 anos de idade, reconhece a ilegalidade do seu espaço, mas afasta a possibilidade de sair, aliás, admite que pode abandonar mas mediante condições.
O município de Chibuto diz que estas construções são um peso não programado nos planos de urbanização e, por isso, vai manter a decisão de, entre outros, não prover água e energia.
E, porque mais pessoas chegam para ocupar a área, Jacinto Ernesto alerta para medidas mais duras a partir de Setembro próximo.
Enquanto isso, na vila turística de Bilene, a invasão de um espaço de mais de 100 hectares para construção de um mercado continua a gerar confusão, deixando mais de 300 vendedores na mira da justiça.
O facto é volvido 7 meses após invadirem uma propriedade, supostamente pertencente à Sociedade Moçambicana de Turismo, SOTUR, um grupo de munícipes avançou com a construção de barracas no local.
O tribunal judicial de Bilene decidiu embargar as obras para a revolta do grupo que se diz injustiçado. As autoridades municipais de Bilene, entretanto, repudiam a ocorrência e apelam ao respeito da lei.
Apesar da ordem de embargo e apelos do Município de Bilene, a comissão dos vendedores decidiu manter o decurso das obras e a tensão segue instalada.
Fonte: O País