Por: Alfredo Júnior
O XII Festival Nacional da Cultura teve início no dia 18 de agosto de 2025, em Tete, e prolonga-se até hoje dia 22 de agosto. Reúne cerca de 1.200 artistas e fazedores culturais de várias províncias, oferecendo manifestações que vão desde dança, música e poesia, até teatro, artesanato e gastronomia.
Na abertura, o Presidente da República, Daniel Chapo, afirmou que “a cultura deve ser vista como um ativo estratégico para o desenvolvimento do país” e apelou aos empresários a investirem nas artes, lembrando que o setor cultural pode gerar emprego, oportunidades económicas e reforçar a identidade nacional.
Entre as novidades desta edição está o Canto Coral, considerado uma inovação que integra múltiplas expressões artísticas. O festival decorre diariamente das 17h às 23h, em diferentes palcos, permitindo ao público acompanhar diversas apresentações e interagir com culturas de várias regiões.
O Presidente Chapo também destacou a participação da juventude: “os jovens não são apenas consumidores, mas protagonistas na produção cultural do país”, incentivando o uso de ferramentas digitais e redes sociais para promover a cultura moçambicana.
O festival mostra que tradição e inovação podem coexistir, mas também evidencia desafios: transformar visibilidade em resultados concretos, consolidar projetos culturais sustentáveis e garantir que o investimento privado traga benefícios reais a artistas e comunidades.
O XII FNC deixa claro que a cultura pode ser motor de desenvolvimento, mas apenas se houver estratégia, planeamento e compromisso de todos, Estado, empresários e jovens criadores, para que criatividade e oportunidade caminhem juntas.