Agenda de Investigação em Saúde Humana em actualização

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Uma equipa composta por quadros do Instituto Nacional de Saúde (INS), Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Combate à SIDA, Universidade Eduardo Mondlane, em colaboração com o Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças (África-CDC), encontra-se a trabalhar na identifição de áreas temáticas para a Agenda Africana de Investigação e actualização da Agenda de Investigação em Saúde Humana (AGISA) 2024-2028.

Designada “Oficina nacional de priorização da pesquisa e desenvolvimento em saúde dos estados-membros da União Africana para a Agenda Nacional, Regional e Continental de Pesquisa”, o workshop, que iniciou na manhã desta segunda-feira (25.08), em Maputo, consiste na definição das áreas temáticas de doenças ou condições de saúde prioritárias que apresentam lacunas de conhecimento, a serem abordadas por meio de pesquisas.

Igualmente, a reunião visa desenvolver questões de pesquisa que facilitem a geração de evidências ou ferramentas para abordar as referidas lacunas na prevenção, no diagnóstico, tratamento e determinantes das doenças ou condições de saúde, entre outros objectivos.

Em representação da Divisão de Pesquisa em Saúde e Bem-Estar do INS, o Chefe da Repartição de Promoção da Investigação em Saúde, Diocreciano Bero, agradeceu o apoio prestado pelo África-CDC e explicou que Moçambique passa a ter as suas áreas prioritárias de investigação no mapa das pesquisas a serem realizadas no continente africano.

Na mesma senda, Bero falou da necessidade de actualização da AGISA à luz da Lei de Investigação em Saúde Humana.

“Como a Lei de Investigação em Saúde Humana manda, o INS deve coordenar o processo de actualização da agenda de dois em dois anos, e este é o segundo ano da sua vigência. O que queremos é aproveitar esta oportunidade para actualizar este documento”, disse Bero, explicando que a AGISA é o instrumento que guia a realização da investigação com base nas prioridades do país.

A oficina é realizada num contexto em que o continente abriga 20 por cento da população mundial e carrega 25 por cento da carga global de doenças. A pesquisa em saúde, no continente, é financiada principalmente por doadores externos, que atendem aos seus interesses, sem se preocupar, necessariamente, em impactar a população afectada.

A Representante do África CDC, Farisai Kuonza, fez saber que, da lista dos resultados esperados das discussões, constam aspectos abrangentes de doenças ou condições de saúde de alta, média e baixa prioridade por área temática, que irá constituir a agenda nacional de pesquisa em saúde de cada Estado-membro, e um mapa de destaque por doença ou condição de saúde prioritária, que apresenta grandes lacunas de conhecimento.

Com duração de cinco dias, a oficina junta profissionais de saúde de variadas áreas, com destaque para a saúde da mulher e criança, medicina tradicional e alternativa, as doenças mentais e doenças endémicas de grande impacto sanitário.

 

Fonte: INS

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