Resumo
Desde 2000, as Américas são a única região do mundo a registar um aumento nas mortes por suicídio, com mais de 100 mil vítimas em 2021, principalmente nos países do Caribe, América do Norte e Cone Sul. A Organização Pan-Americana da Saúde revelou estes dados no Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, procurando reverter a tendência com ações baseadas em evidências científicas, como melhorar o acesso aos serviços de saúde mental, combater o estigma e fortalecer a coordenação entre agências. A OMS destaca a importância de medidas como a restrição do acesso a meios de suicídio, a promoção de reportagens responsáveis e o reforço das competências socioemocionais em adolescentes. O foco está em transformar a liderança e as ações de prevenção do suicídio para reduzir perdas de vidas, especialmente entre pessoas com mais de 50 anos.
Resumo gerado automaticamente em 12/09/2025 às 12:40
As Américas são a única região do mundo a reportar um aumento em mortes por suicídio desde 2000.
Mais de 100 mil pessoas perderam a vida desta forma somente em 2021. As taxas mais elevadas estão nos países do Caribe. A tendência de crescimento ocorre na América do Norte e nas nações do Cone Sul.
Salvar vidas
Os dados foram anunciados pela Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, para coincidir com o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, em 10 de setembro.
A agência da ONU quer reverter a tendência apoiando os países da região com ações básicas e práticas, que estejam baseadas em evidências científicas.
A iniciativa procura abordar os principais desafios como o acesso limitado a serviços comunitários de saúde mental, o estigma e uma coordenação entre agências e setores ainda fraca.

Adolescentes
A Organização Mundial da Saúde sugere medidas como a restrição do acesso a meios de suicídio, promoção de reportagens responsáveis, o reforço de competências socioemocionais em adolescentes e assegurar tratamento precoce a pessoas em risco.
O diretor da Opas, Jarbas Barbosa, destacou que o objetivo é “transformar a liderança, governança e ações de prevenção do suicídio” para reduzir perdas de vidas.
Entre as áreas de atuação estão o fortalecimento de planos nacionais de prevenção, a expansão do acesso a cuidados de qualidade com o treino de profissionais, o apoio a famílias, e campanhas de sensibilização para reduzir o estigma.
Pessoas com mais de 50
Segundo a agência da ONU, o suicídio afeta em maior número, pessoas com mais de 50 anos. Enquanto os homens apresentam taxas mais altas, a taxa entre as mulheres cresceu acentuadamente nas últimas duas décadas.
O chefe da Unidade de Saúde Mental da Opas, Renato Oliveira e Souza, alertou que “a crise exige ações para além do setor da saúde”, envolvendo toda a sociedade na implementação de estratégias nacionais eficazes.
No dia 18 de setembro, a Opas e a Universidade de Toronto organizam o webinar “Moldando comunicações responsáveis para aumentar a consciencialização sobre a prevenção do suicídio nas Américas”.
O encontro destacará o papel da reportagem responsável e de campanhas que quebram o silêncio em torno da saúde mental.
Fonte: ONU