A imunização começa em outubro e vai até janeiro de 2026. O objetivo é proteger cerca de 9,4 milhões de animais contra doenças altamente contagiosas e mortais, incluindo a peste dos pequenos ruminantes, a varíola ovina e caprina, a pleuropneumonia contagiosa bovina, a peste equina africana e o antraz.
Segurança alimentar em risco
O gado é essencial para a economia rural sudanesa, assegurando alimentação, rendimento e sustento a milhões de pessoas.
O Sudão é um dos maiores exportadores de gado da região, e manter os rebanhos saudáveis é essencial para preservar essa posição.

O representante da FAO no Sudão, Hongjie Yang, disse que a campanha de vacinação afirma que “a proteção da saúde animal é essencial, não apenas para a subsistência dos pastores e as suas famílias, mas também para garantir a disponibilidade de produtos e rendimento dos quais milhões de pessoas dependem”.
Resposta à crise humanitária
De acordo com a mais recente Classificação Integrada da Segurança Alimentar, IPC, a fome foi confirmada em partes do Sudão, incluindo campos de deslocados em Darfur do Norte e na região das Montanhas Nuba Ocidentais. Cerca de 24,6 milhões de pessoas vivem em situação de crise alimentar ou pior, incluindo pelo menos 638 mil moradores em condições catastróficas.
Para ultrapassar as restrições ao acesso, a FAO está a testar, pela primeira vez, a entrega transfronteiriça de vacinas através do Chade, em coordenação com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha, e a FAO no Chade. A medida visa garantir que as doses cheguem a comunidades vulneráveis em zonas de difícil acesso.
Fonte: ONU