Um suposto caçador furtivo foi detido na posse ilegal de duas armas no distrito de Chókwè, na província de Gaza. O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) suspeita tratar-se de um indivíduo que lidera quadrilhas que têm protagonizado vários crimes.
O indivíduo de 80 anos de idade foi detido após ter sido surpreendido na posse de duas armas de fogo e munições, na sua residência, em Matuba, no distrito de Chókwè, província de Gaza
O porta-voz do SERNIC, Zaqueu Mucambe, explica que a neutralização deste cidadão foi em flagrante delito, tendo sido apreendidas duas armas, uma AK-47, em estado operacional, e oito munições, além de uma arma de fogo do tipo Makarov, cujas condições técnicas ainda estão por se apurar.
Segundo o porta-voz, o cidadão em causa foi detido por posse de armas proibidas.
O SERNIC suspeita que as armas apreendidas, contendo oito munições, estivessem a ser usadas em incursões de caça furtiva no Norte da província de Gaza, bem como em diversos crimes, em Chókwè e nos distritos circunvizinhos.
“Segundo apurámos, ele adquiriu as armas há 43 anos. Ou seja, em 1983, e acredita-se que estas armas podem ter sido usadas para assaltos à mão armada, que se têm registado em alguns distritos, sobretudo na prática da caça furtiva.”
O indiciado assume estar na posse destas armas há 43 anos, mas nega qualquer envolvimento no mundo do crime.
“Apanharam as armas debaixo da cama. São minhas e apanhei-as no mato, no tempo de guerra. Cometi o erro de não as apresentar às autoridades, no ano de 1983, durante a fuga da guerra. Nunca usei estas armas”, refutou.
O Serviço Nacional de Investigação Criminal avançou que as armas serão submetidas à balística, para aferir a sua operacionalidade, na sequência das investigações que visam apurar se há envolvimento de outros indivíduos no caso.
“As armas serão submetidas à perícia, à balística, para aferir-se até que ponto as mesmas foram usadas ao então estado operacional”, concluiu Mucambe.
Com este caso, sobe para oito o número de armas recuperadas, incluindo 65 munições na província de Gaza, neste ano.
Fonte: O País