Resumo
A Bolsa de Valores de Moçambique (BVM) atingiu uma capitalização bolsista de 343,2 mil milhões de meticais, impulsionada pelas Obrigações do Tesouro em circulação, que totalizam 236,8 mil milhões de meticais. Com uma taxa de juro média de 5,5%, as emissões de dívida pública destacam-se, com séries recentes como a 10.ª Série de 2022, a 2.ª Série de 2023 e a 3.ª Série de 2024 a terem impacto significativo. A agenda de eventos prevê pagamentos em Setembro de 2025, incluindo do Estado Moçambicano, do Banco Nacional de Investimento e do First Capital Bank, fortalecendo o mercado de capitais. O segmento obrigacionista continua a ser crucial na BVM, impulsionando o financiamento estatal e o crescimento do mercado de capitais em Moçambique.
Segundo os dados da BVM, o montante global emitido em títulos de dívida pública ascende a 236,8 mil milhões de meticais, consolidando as Obrigações do Tesouro como principal instrumento de financiamento do Estado e de atracção de investidores institucionais. A taxa de juro média das emissões situa-se em torno de 5,5%, assegurando um nível competitivo de rendibilidade num contexto de ajustamento monetário e de procura de alternativas de investimento de baixo risco.
Entre as séries com maior impacto destacam-se a 10.ª Série de 2022, avaliada em 17,1 mil milhões de meticais de capitalização, a 2.ª Série de 2023, com cerca de 11,6 mil milhões, e a 3.ª Série de 2024, com 6,9 mil milhões. Estas emissões demonstram o peso crescente das operações mais recentes na composição do mercado de dívida pública.
A agenda de eventos publicada pela BVM aponta para uma série de pagamentos programados ainda em Setembro de 2025. O Estado Moçambicano irá proceder a liquidações financeiras nos dias 22 e 23 de Setembro, reforçando a regularidade do serviço da dívida soberana. Paralelamente, o Banco Nacional de Investimento (BNI) e o First Capital Bank também têm agendados pagamentos neste período, reforçando a dinâmica do mercado de capitais.
Os dados evidenciam a importância do segmento obrigacionista na BVM, que continua a ser o motor da actividade financeira nacional, ao mesmo tempo que se reforçam esforços para alargar a base de investidores e diversificar os instrumentos disponíveis. O desempenho confirma a tendência de valorização gradual da bolsa, que, ao consolidar a negociação de títulos de dívida soberana e privada, sustenta não apenas o financiamento do Estado, mas também o desenvolvimento do mercado de capitais como pilar da transformação económica de Moçambique.
Fonte: O Económico
