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Wednesday, September 24, 2025
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CMH Enfrenta Declínio Em Reservatórios De Gás E Vê Lucros Cair 15% No Exercício 2024/25

A Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos (CMH) registou uma queda de 15% nos lucros do exercício fiscal 2024/25, para 46,7 milhões de dólares, pressionada pelo “declínio acentuado” dos reservatórios de gás de Pande e Temane e pela redução de 9% nas vendas de gás natural. A administração alerta que manter os níveis de produção será um dos grandes desafios nos próximos anos.


No relatório e contas agora divulgado, a petrolífera estatal, liderada por Arsénio Mabote, assinala que os resultados reflectem um conjunto de factores adversos: a diminuição natural da produtividade dos reservatórios, os problemas operacionais na central de processamento de Temane, na província de Inhambane, e a volatilidade dos preços internacionais do petróleo e do gás.

Apesar de registar manutenção de rotina, a empresa admite que a sua capacidade de produção ficou limitada, com impacto directo nas vendas. O recuo de 9% na comercialização de gás natural foi determinante para a queda dos lucros, que se seguiu à contracção de 15,5% já verificada em 2023/24.

Para mitigar os efeitos do declínio, a CMH deu continuidade a projectos de manutenção e optimização, incluindo a maximização da recuperação de gás em reservatórios existentes e a abertura de novos furos. Estes investimentos são considerados estratégicos para assegurar o cumprimento das obrigações contratuais da empresa e prolongar a vida útil dos activos de Pande e Temane.

A administração reconhece que o ambiente internacional continua desfavorável, com pressões geopolíticas e de mercado a afectarem a procura e os preços dos hidrocarbonetos. Ainda assim, a empresa assegura que mantém um crescimento sustentável, assente na eficiência da gestão, e compromete-se a continuar a distribuir dividendos aos seus accionistas.

A CMH é detida em 70% pela Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) e partilha a operação de Pande e Temane com a sul-africana Sasol Petroleum Temane (SPT), no quadro do Acordo de Produção de Petróleo assinado em 2000.

Este cenário surge num momento em que Moçambique aposta em projectos de maior escala no norte do país. Na bacia do Rovuma, já opera o Coral Sul FLNG, liderado pela ENI, enquanto a Mozambique LNG (Área 1), da TotalEnergies, e a Rovuma LNG (Área 4), da ExxonMobil, permanecem em fase de desenvolvimento. Segundo a consultora Deloitte, estas reservas representam receitas potenciais na ordem dos 100 mil milhões de dólares, podendo transformar a matriz energética e fiscal do país.

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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>A evolução da CMH, num quadro de declínio natural de activos e de pressão sobre os seus resultados financeiros, sublinha a importância da diversificação de fontes de produção e da integração com os megaprojectos do Rovuma para assegurar a continuidade e a relevância estratégica da empresa no futuro energético de Moçambique.

Fonte: O Económico

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