Resumo
O secretário-geral da ONU, António Guterres, recordou o ataque terrorista do Hamas a Israel em 2023, que resultou na morte de mais de 1.250 pessoas e no sequestro de mais de 250 reféns em Gaza, com 48 ainda retidos. Guterres apelou à libertação imediata dos reféns e destacou a proposta de cessar-fogo de Donald Trump como uma oportunidade para encerrar o conflito e evitar mais sofrimento. O subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Tom Fletcher, pediu tratamento humano aos reféns e o fim dos combates, com livre acesso à ajuda humanitária. Philippe Lazzarini da Unrwa descreveu a situação em Gaza como marcada por destruição, medo e fome, apelando a um futuro de paz e respeito mútuo na região.
António Guterres enfatizou que os agressores mataram brutalmente mais de 1.250 israelenses e estrangeiros. Além disso, mais de 250 pessoas foram sequestradas e levadas para a Faixa de Gaza como reféns, incluindo mulheres, crianças e idosos.
Condições deploráveis de cativeiro
O líder da ONU afirmou que “o horror daquele dia sombrio ficará para sempre gravado na memória de todos”. Ele disse que, dois anos depois, os reféns permanecem em cativeiro em Gaza em “condições deploráveis”.
Cerca de 48 reféns permanecem sequestrados. Acredita-se que 20 estejam vivos e 28 mortos.
Guterres contou que se encontrou com famílias das vítimas, que compartilharam que vivem uma dor “insuportável”. Ele reiterou o apelo, feito diversas vezes, pela libertação imediata e incondicional de todos os reféns.
Para o secretário-geral, “após dois anos de trauma, é hora de escolher a esperança”.

Oportunidade de encerrar o conflito
Ele disse que a recente proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, representa “uma oportunidade que deve ser aproveitada para pôr fim a este trágico conflito”, que se transformou em uma “catástrofe humanitária”.
Segundo Guterres, um cessar-fogo permanente e um processo político credível são essenciais para evitar mais derramamento de sangue e preparar o caminho para a paz.
Ele afirmou que as Nações Unidas permanecem “inabaláveis” em seu compromisso de apoiar uma paz “justa e duradoura”, na qual israelenses, palestinos e todos os povos da região vivam lado a lado em “segurança, dignidade e respeito mútuo”.
Luto, sofrimento e dor de ambos os lados
Já o subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Tom Fletcher, também fez um apelo à libertação incondicional e imediata de todos os reféns, enfatizando que, até lá, eles devem ser tratados com humanidade.
Ele também mencionou que milhares de palestinos foram mortos e muitos outros sofrem de fome e deslocamento.
Fletcher pediu o fim dos combates, o livre fluxo de ajuda humanitária e a proteção de todos os civis. O subsecretário geral afirmou que “agora há um vislumbre de esperança de que isso possa acontecer”.
O comissário geral da Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos, Unrwa, declarou que a realidade para muitas pessoas desde o 7 de setembro de 2023 é “luto, sofrimento e dor profunda”.
Philippe Lazzarini adicionou que, em Gaza, “por dois longos anos, as pessoas não conheceram nada além de destruição, deslocamento, bombardeio, medo, morte e fome”.
Fonte: ONU