Os chefes das duas bancadas denunciaram a falta de condições básicas nos serviços de saúde e suas consequências negativas para a população.
A chefe da bancada do MDM, Nita Murabiua, relatou que, recentemente, em Pebane, uma mulher perdeu o bebé durante uma viagem em transporte semi-coletivo, após não conseguir transferência em ambulância devido à falta de combustível.
Segundo Murabiua, a paciente, com complicações após cinco meses de gestação, foi instruída a custear o combustível necessário para o transporte até ao Hospital Central de Quelimane. Sem meios financeiros, a mulher optou por viajar num transporte público, onde acabou por sofrer um aborto espontâneo.
Assim, apelou ao Governo Provincial para disciplinar os funcionários públicos e humanizar o atendimento nos hospitais, sublinhando que situações como esta demonstram uma “profunda falta de empatia e responsabilidade” no sector da saúde.
Por seu turno, o chefe da bancada da Renamo, Adriano Jones, chamou atenção para a necessidade de o Governo Provincial aumentar a sua capacidade de arrecadação de receitas próprias. Segundo o político, em Maquival, a cobrança de impostos está paralisada devido à falta de livros de receitas, o que afecta o funcionamento dos serviços públicos.
Também o chefe da bancada do MDM, Bosco Jackson, criticou a paralisação de várias obras públicas, o que, segundo disse, limita o acesso da população a serviços básicos essenciais.
Em resposta, o governador da Zambézia, Pio Matos, reconheceu as dificuldades apontadas, explicando que algumas actividades previstas para este ano não foram executadas devido ao atraso na aprovação do orçamento provincial.
Sobre a interrupção das obras, Matos referiu que a situação resulta de factores conjunturais que provocaram ruptura no financiamento de diversos projectos.
Fonte: Jornal Noticias