Por Vanildo Polege
Do lado das associações, houve proposta da criação de uma comissão de gestão da federação constituída por três membros, proposta anuida pela inspecção geral do desporto bem como pelo elenco cessante da federação.
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O presidente da associação provincial de atletismo de Gaza, Hermínio france lançou o grito de socorro para um comissão.
“O mais importante que nós, como associações provinciais, pedimos é, de facto, um grito de socorro, uma vez que temos três contas pendentes, se hoje vamos, de facto, a uma Comissão de Gestão, como é que ficam as contas pendentes de 2023, 2024 e 2025? Se esta direcção que supostamente for a ser criada, a Comissão de Gestão, quando é que vai sentir que as contas, ou seja, onde nós vamos, está tudo limpo? O que queremos hoje é, em função da recomendação, decidirmos, vamos avançar para esta comissão, como é que vão ser indicados os nomes, não é? Aquilo que já foi trazido, o que a comissão nos deve trazer, em quanto tempo? Eu creio que seria este o foco. Vamos capitalizar aquilo que já foi feito.
Como é que podemos capitalizar? Criando uma comissão, e esta comissão vai preparar para que, o mais breve possível, nós tenhamos aqui uma Assembleia Geral desta Federação e esta Assembleia vai fazer as eleições”.
Mas o que não se esperava era a troca de farpas entre as partes em conflito, pois as associações discordavam da integração de um membro da direcção cessante na comissão de gestão o que obrigou a um intervalo para uma pequena reflexão das partes conflituantes.
Quando se pensou que o ar fresco do lado de fora da sala ia amainar os ânimos, o que viu-se foi de seguida, foram sucessivas batalhas por parte dos dois lados para tomar da palavra, e por fim as associações recusaram-se a concordar com a integração de um membro da antiga direcção na comissão de gestão, pelo que a outra parte insistiu na integração.
Os associados não aceitam a inclusão de nenhum membro do elenco cessante, portanto, a posição é esta, se for necessário pararmos, porque nós já tínhamos dito, se a modalidade está mal, preferimos parar de participar nas competições internacionais, nos organizarmos para entrar”, apontou José Fanheiro presidente da associação provincial de Tete.
A associação provincial de atletismo da cidade de Maputo também deixou ficar o seu parecer
“Se há esta situação, nós achamos que até ficamos com um bocadinho de mágoa, porque entendemos que, se calhar, este elenco, em algum momento, teve muita proteção da Secretaria do Estado. Muita proteção.
Nós estamos a falar coisas que, na verdade, nós sentimos a dor daquilo que foi a modalidade, a marginalização que se fala aqui, não foi marginalização do tipo da modalidade, foi além disso até ao nível pessoal, uma federação que era gerida como se fosse coisa própria.
Eu admiro hoje ver até pessoal conhecido como Carlos Valente, nunca mais vi desde os quatro anos. Os órgãos sociais da Federação Moçambicana de Atletismo não funcionavam, a direção cessou, os estatutos estão vazios, que têm que ser reformulados, mas as associações não têm nada a negociar com a Federação Moçambicana, que já cessou”, disse Gilberto Gomes vice-presidente da associação da cidade de Maputo
A decisão final da nomeação dos integrantes da comissão de gestão da federação de atletismo, ficou a cargo da inspeção nacional do desporto, pelo que a mesma prometeu se pronunciar nos próximos dias face ao impasse registado.
“A composição dessa Comissão de Gestão, olharmos deve ser de três membros ou deve ser de cinco. Passarmos para os mandatos da própria Comissão, que é convocar e organizar o prazo máximo de 120 dias, que serão necessariamente quatro meses.
Esta mesma Comissão, nós propunhamos que fizesse a comunicação da data do ato eleitoral, com antecedência de três meses”, concluiu o inspector geral do desporto Aguinaldo Taule
Assim, continua o braço de ferro entre as associações provinciais e a direcção cessante que foi destituída, sendo que aguardam-se os próximos dias para o desfecho da confusão na Federação Moçambicana de Atletismo.(LanceMZ)
Fonte: Lance