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Tuesday, October 21, 2025
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Renamo poderá ter um novo líder: eleição do novo presidente à vista

A Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) está a passar por uma viragem na sua trajetória política, com o debate sobre a sucessão da liderança a ganhar destaque. Ivan Mazanga, líder da juventude do partido, levantou a possibilidade de eleger um novo presidente no início de 2026, levando a uma reflexão sobre o futuro da RENAMO. Com a estrutura interna fragilizada e descontentamento evidente, a sucessão de Ossufo Momade, que não se recandidatará, torna-se crucial após a perda de representação no Parlamento em 2024. A antecipação da eleição de um novo presidente e a realização de um conselho nacional alargado representam oportunidades para redefinir o projeto político do partido e recuperar a confiança dos eleitores, apostando em líderes capazes de unir e mobilizar.

Por: Gentil Abel

A Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) atravessa um momento de viragem na sua trajectória política, com o debate sobre a sucessão da liderança a ganhar contornos mais amplos. A possibilidade de eleição de um novo presidente já no primeiro trimestre de 2026 foi recentemente levantada por Ivan Mazanga, líder da juventude do partido, o que abre espaço para uma reflexão profunda sobre o futuro do partido.

Nesse contexto, Mazanga apelou à marcação de um conselho nacional alargado para discutir não apenas a sucessão de Ossufo Momade, mas também a estratégia da RENAMO para as próximas eleições. Este pedido surge num momento em que a estrutura interna do partido se mostra cada vez mais frágil, com sinais evidentes de descontentamento.

Com efeito, embora Ossufo Momade tenha sido reeleito em 2024 para um segundo mandato, ele próprio já afirmou que não se recandidatará à liderança do partido.

Além disso, importa referir que a RENAMO sofreu um revés significativo nas eleições gerais de outubro de 2024, tendo perdido o estatuto de segunda força política no Parlamento. A queda de 60 para apenas 28 deputados revelou uma perda de confiança do eleitorado e deu ainda mais força às vozes internas que exigem uma renovação profunda. Como consequência directa, registaram-se protestos liderados por antigos guerrilheiros, encerramentos de sedes regionais e o apelo insistente à realização de um novo Conselho Nacional.

Neste cenário de instabilidade e de procura por um novo rumo, a antecipação da eleição de um novo presidente pode representar um passo crucial para a reestruturação do partido

Por outro lado, a realização do conselho nacional alargado não será apenas uma questão de calendário. Trata-se de uma oportunidade para repensar o projecto político da RENAMO, recuperar a sua identidade junto do eleitorado

Assim sendo, a escolha do novo presidente deverá reflectir essa ambição de mudança, apostando em perfis com capacidade de unir, renovar e mobilizar.

Desta feita, a questão de fundo é: quem poderá ser o candidato ideal para conduzir a RENAMO?

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