É uma dura realidade que se mostra longe do fim, no distrito de Guijá, em Gaza. E, com a época chuvosa já em curso, aumenta o medo dos alunos que, além de percorrer diariamente entre 16 a 18 quilómetros de distância, poderão enfrentar dias de mau tempo ao relento.
Preocupados com a situação, os alunos da Escola Secundária Samora Machel lançam um grito de socorro, pedindo a quem de direito que encontre soluções para as suas dificuldades.
A crise sistemática de água, falta de sanitários e carteiras para as poucas salas operacionais estão no topo das grandes preocupações que tiram sono aos alunos. Os alunos dizem que são obrigados a percorrer longas distâncias a pé em busca do líquido precioso, porque na referida escola não jorra o precioso líquido há bastante tempo.
A directora da escola, Anieta Cavele, refuta a crise de água, mas admite que a escola não reúne condições para aliviar o sofrimento de mais 500 alunos que estudam debaixo de canhueiros, devido à falta de condições adequadas para o processo de ensino-aprendizagem.
São mais de 500 alunos ao relento só na Escola Secundária Samora Machel, mas em todo o distrito a situação repete-se em várias escolas da província de Gaza, com destaque para os distritos mais distantes da cidade.
Sérgio Zita, director distrital da Educação em Guijá, diz que a situação das turmas ao relento ainda vai prevalecer por mais algum tempo, devido à falta de recursos para construção de novas salas.
Ao todo, são mais de 14 mil alunos que estudam ao relento, devido à falta de salas de aula na província de Gaza.
Fonte: O País