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Friday, October 24, 2025
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SADC Lança Observatório Regional Do Mercado De Trabalho Para Fortalecer Políticas De Emprego

Plataforma digital harmonizará dados sobre emprego, competências e migração laboral, reforçando políticas públicas baseadas em evidências nos Estados-membros

A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) estão a concluir a criação do Observatório Regional do Mercado de Trabalho (Labour Market Observatory – LMO), uma plataforma digital destinada a recolher, harmonizar e analisar dados sobre emprego, competências e migração laboral nos países da região.
O projecto visa reforçar a formulação de políticas públicas baseadas em evidências e apoiar a integração económica e social da África Austral.

Plataforma Regional Para Uma Política Laboral Baseada Em Evidências

O observatório, desenvolvido sob o SADC Regional Statistics Project, permitirá aos países-membros carregar, validar e testar os seus dados nacionais através da plataforma LMIS.Stat, tecnologia disponibilizada pela OIT.
A ferramenta garantirá a comparabilidade estatística e metodológica entre os Estados-membros, assegurando maior coerência na análise das tendências de emprego, informalidade, migração e competências.

Durante o workshop técnico realizado entre 20 e 24 de Outubro de 2025, em Joanesburgo, representantes dos ministérios do Trabalho e das estatísticas nacionais dos 16 países da SADC finalizaram a fase de preparação e carregamento de dados, marco que antecede o lançamento público da plataforma.

Como A SADC Pretende Unificar Os Dados Laborais Da Região

O LMO reunirá dados estatísticos e não estatísticos que abrangem as principais dimensões do mercado de trabalho na região da SADC, incluindo indicadores de emprego, desemprego e informalidade, bem como níveis de produtividade e sectores de actividade económica. A plataforma permitirá igualmente acompanhar a evolução das competências disponíveis e das lacunas existentes na força de trabalho, além de mapear os fluxos de migração laboral e a mobilidade profissional dentro da região.

O observatório funcionará como um verdadeiro centro regional de informação laboral, permitindo análises comparativas e avaliações consistentes sobre o impacto das políticas de emprego e formação nos diferentes países. Segundo Maxwell Parakowka, Oficial Sénior de Programas para Emprego, Trabalho e Juventude no Secretariado da SADC, o LMO representa “um avanço estratégico para a integração regional, ao criar uma base de dados harmonizada e fiável que sustentará o desenho de políticas de desenvolvimento humano e económico”.

Moçambique Entre Os Países Em Fase De Integração

Em Moçambique, o sistema de informação do mercado de trabalho é coordenado pelo Ministério do Trabalho e Segurança Social (MITSS), com apoio da OIT.
O país dispõe de um observatório nacional do mercado de trabalho e de um sistema de informação laboral (LMIS) operacional desde a década passada, ainda que com limitações de cobertura e frequência de dados, sobretudo no segmento da informalidade e da mobilidade laboral.

Fontes da OIT indicam que Moçambique está actualmente em fase de reforço institucional e técnico para alinhar o seu LMIS aos padrões regionais da SADC.
A integração permitirá ao país partilhar dados comparáveis e beneficiar de metodologias comuns de recolha e análise, fortalecendo a base estatística para as políticas nacionais de emprego, juventude e formação profissional.

Por Que A SADC Quer Transformar Dados Em Políticas De Emprego

Os países da SADC enfrentam desafios comuns de capacidade estatística, irregularidade de recolha e falta de harmonização conceptual, o que tem dificultado o planeamento de políticas de emprego eficazes.
Com o novo observatório, a SADC pretende reduzir essas assimetrias, promover transparência no mercado de trabalho regional e facilitar a mobilidade laboral e a identificação de lacunas de competências.

Entre os principais impactos esperados está o fortalecimento da base de evidências para decisões de política pública, o acesso a dados fiáveis sobre oferta e procura de trabalho por parte do sector privado e dos investidores, e a criação de novas oportunidades de emprego e formação adaptadas às realidades de cada país.
A longo prazo, o observatório deverá contribuir para um mercado laboral mais integrado, equitativo e capaz de responder às exigências de industrialização e crescimento inclusivo da região.

O Que Vem A Seguir Na Consolidação Do Observatório Regional

A SADC prevê o lançamento oficial do observatório ainda em 2025, seguindo-se uma fase de capacitação técnica e divulgação pública.
Estão também previstos treinos nacionais para técnicos de estatística e responsáveis ministeriais, com vista à utilização e actualização regular dos dados.
O observatório alinhar-se-á com os grandes instrumentos de planificação regional — SADC Industrialisation Strategy and Roadmap (2015–2063) e Regional Indicative Strategic Development Plan (RISDP 2020–2030) — reforçando o papel do emprego e das competências na transformação estrutural da região.

Emprego Digno E Dados Fiáveis: A Nova Fronteira Da Cooperação Regional

A criação do LMO marca um passo decisivo para o fortalecimento da cooperação estatística e laboral entre os países da África Austral, demonstrando o compromisso da SADC em fazer do emprego digno e do desenvolvimento humano pilares centrais da integração económica regional.

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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>Com a participação activa de países como Moçambique, o observatório poderá tornar-se uma referência continental em planeamento laboral baseado em evidências, reforçando a importância dos dados fiáveis para a formulação de políticas e a definição de estratégias de inclusão e crescimento.
Ao consolidar a cooperação entre governos, parceiros de desenvolvimento e instituições de investigação, a SADC dá um passo firme rumo a um mercado de trabalho mais integrado, transparente e orientado para o futuro.

Fonte: O Económico

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