Mais de 250 famílias enfrentam no silêncio a dura realidade imposta pela crise de água que assola a comunidade de Tomanine, no distrito de Guijá há quase dois anos.
“Desde o ano antepassado, que somos assolados pela crise de água. De lá até aqui, ainda não fomos socorridos. Pelo menos 250 famílias estão numa situação bastante crítica”, queixou-se Reis Chongo, líder comunitário de Tomanine.
A população é obrigada a consumir água imprópria e queixam-se de dificuldades para alcançar os poucos sistemas operacionais e a situação torna-se cada vez mais crítica devido à falta de chuva.
As autoridades comunitárias revelam que pelo menos quatro sistemas que abasteciam as áreas mais críticas do distrito, entre os quais Tomanine, avariaram, e desde finais de 2023 até aqui as comunidades vivem em extrema carência.
“Temos pelo menos quatro furos avariados. Por conta disto, a população aglomera-se numa fonte para ter acesso à água. Pedimos que o problema seja resolvido ou novos sistemas, tendo em conta a densidade populacional”, disse o líder comunitário.
Jaime Mugabe admite, ainda, que há quatro comunidades que precisam de uma intervenção urgente, no entanto, limitações de ordem financeira travam avanço de projectos que visam minimizar o sofrimento das comunidades.
Mugabe mostrou-se preocupado com a escassez da chuva que está a forçar a deslocação de gado de Nalazi para as zonas de Chiwahene e Nhanguenha.
Fonte: O País






