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Monday, October 27, 2025
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Agência lança guia para uso responsável da Inteligência Artificial na saúde pública

A Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, apresentou um novo guia sobre instruções de inteligência artificial voltadas à saúde pública.

A publicação oferece orientações práticas para que profissionais de saúde possam criar “prompts”, comandos ou perguntas direcionadas à IA, capazes de gerar informações precisas e úteis, reforçando o uso ético e responsável da tecnologia no apoio à comunicação e à tomada de decisões.

Gráficos ilustrando aplicações de inteligência artificial
© Aiea/А. Варгас

Gráficos ilustrando aplicações de inteligência artificial

Linguagem acessível

Com o avanço da IA generativa, a tecnologia passou de simples análise de dados para a criação de conteúdos. Na área da saúde pública, essa transformação já é visível: ferramentas de IA estão sendo usadas para redigir alertas, traduzir relatórios técnicos em linguagem acessível, desenvolver materiais educativos e até simular respostas em situações de emergência.

Marcelo D’Agostino, chefe da Unidade de Sistemas de Informação e Saúde Digital da Opas, afirmou que a inteligência artificial generativa tornou-se uma ferramenta poderosa para a saúde pública, mas a sua eficácia depende de como é instruída”. ]

Para D’Agostino, “um bom design de prompts é a chave para desbloquear todo o seu potencial”.

O guia, intitulado “AI prompt design for public health” destaca que o valor da IA depende da capacidade dos profissionais de formularem instruções claras e orientadas por propósito. Um simples pedido, “como prevenir a dengue?”, pode gerar respostas úteis, mas resultados mais específicos exigem comandos detalhados que definam o público-alvo, o tom e o formato da mensagem.

Ferramenta prática e precaução necessária

A publicação enfatiza que o design de prompts deve ser considerado uma competência essencial para profissionais de saúde pública, pois aumenta a eficiência operacional e assegura que as mensagens geradas pela IA sejam compreensíveis, fiáveis e acionáveis.

No entanto, o documento alerta para os riscos do uso inadequado da IA, especialmente em contextos onde a informação pode influenciar comportamentos, políticas públicas ou respostas a emergências. Por isso, a Opas reforça a necessidade de supervisão humana em todas as etapas, garantindo que os conteúdos gerados passem por revisão antes da sua divulgação.

Entre as recomendações, o guia propõe que as instruções sejam tratadas como “protocolos vivos”, ou seja, orientações que podem ser testadas, ajustadas e adaptadas de acordo com o contexto, idioma e público. Além disso, incentiva a criação de bibliotecas de “prompts”, para promover consistência e eficiência no uso da IA em operações de saúde pública.

Inteligência artificial e os chamados governos eletrônicos ou digitais têm um papel importante para melhorar o acesso das pessoas à informação num mundo digital
© UNICEF/Yves Nijimbere

Inteligência artificial e os chamados governos eletrônicos ou digitais têm um papel importante para melhorar o acesso das pessoas à informação num mundo digital

Fortalecendo a alfabetização digital na saúde

O guia integra o Programa de Literacia Digital da Opas que tem como objetivo fortalecer as competências digitais de profissionais de saúde em toda a região das Américas.

A iniciativa faz parte de um esforço mais amplo de transformação digital dos sistemas de saúde, promovendo decisões mais rápidas, precisas e de maior impacto na vida das pessoas.

Com esta publicação, a Opas reforça que a IA, quando usada com responsabilidade e supervisão humana, pode ser uma aliada poderosa na comunicação, na prevenção e na gestão da saúde pública, ajudando a construir sistemas mais modernos, inclusivos e preparados para os desafios do futuro.

Fonte: ONU

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