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Thursday, November 6, 2025
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Dança contemporânea: Kinani vai unir arte, cultura e reflexão em Maputo

Resumo

Maputo recebe a 11ª edição da Bienal Kinani, um evento de dança contemporânea que promove intercâmbio cultural e reflexão social. O festival, que decorre de 24 a 30 de novembro, reúne artistas de todo o mundo em espetáculos, performances urbanas e conferências. O diretor do Kinani destaca a importância do evento na profissionalização das artes e na formação de jovens criadores, visando fortalecer as relações entre Maputo e o mundo. O festival transforma a cidade num palco a céu aberto, ocupando espaços emblemáticos e inesperados. Autoridades locais elogiam o Kinani como motor de desenvolvimento local e valorização do talento nacional, enquanto promove o turismo cultural e o desenvolvimento económico. O evento inclui ainda conversas com artistas, projeções de filmes de dança e momentos de improvisação em espaços públicos, aproximando o público da linguagem contemporânea.

Maputo prepara-se para voltar a dançar. De 24 a 30 de Novembro, a cidade acolhe a 11ª edição da Bienal Kinani, uma plataforma internacional de dança contemporânea que se tornou referência no continente africano. Mais do que um festival de dança, o Kinani, segundo a organização, será um espaço de celebração artística, intercâmbio cultural e reflexão social, onde o corpo se transforma em linguagem e a dança em diálogo entre povos.

Este ano, o evento traz à capital moçambicana artistas, coreógrafos e produtores de vários cantos do mundo, num programa que inclui espectáculos, performances urbanas, residências artísticas e conferência para reflexão sobre as artes.

“Queremos que o Kinani seja mais do que um festival de dança. É uma plataforma de diálogo e um espaço de descoberta, onde os artistas moçambicanos possam aprender, ensinar e reinventar a sua própria linguagem e influenciar o mundo”, disse Quinto Tembe, director do Kinani, durante o lançamento do evento, nesta quinta-feira, na capital do país.

Segundo Tembe, a edição de 2025 reforça a aposta na profissionalização das artes e na formação de jovens criadores, com oficinas conduzidas por nomes reconhecidos da dança contemporânea africana e europeia. “O Kinani nasceu para criar pontes. E cada edição é uma nova forma de fortalecer essas ligações entre Maputo e o mundo”, acrescentou.

Durante sete dias, Maputo será transformada num palco a céu aberto. Os espectáculos vão ocupar espaços emblemáticos como o Teatro Avenida, a Casa Velha, o Centro Cultural Franco-Moçambicano, e até lugares inesperados como os Correios de Moçambique e a Capela da Ronil, onde a dança se mistura com o quotidiano urbano.

Para Osvaldo Faquir, vereador da Educação e Cultura do Conselho Municipal de Maputo, o festival “é uma demonstração clara de que a arte pode ser um motor de desenvolvimento local”.

“O Kinani não é apenas um evento cultural. É uma experiência de cidadania, de partilha e de valorização do talento nacional. Traz vida aos nossos espaços públicos e inspira os jovens a acreditarem na cultura como profissão e modo de estar no mundo”, afirmou Faquir.

A Direcção  do Centro Cultural Franco-Moçambicano destacou o papel do evento no fortalecimento das relações culturais entre Moçambique e o mundo francófono.

A Bienal Kinani tem vindo a ganhar reconhecimento internacional como um dos maiores eventos culturais de Moçambique, atraindo cada vez mais visitantes estrangeiros e promovendo o turismo cultural no país.

De acordo com a Secretária de Estado das Artes, Matilde Muocha, o evento é “um exemplo de como a criactividade pode ser motor de desenvolvimento económico”.

“O Kinani mostra que a cultura é um investimento. Cada artista que chega a Maputo traz conhecimento, visibilidade e movimento económico. Mas, acima de tudo, traz inspiração. É isso que queremos ver multiplicado em todas as províncias”, afirmou.

Além dos espectáculos, o evento inclui sessões de conversa com artistas, projecções de filmes de dança, e momentos de improvisação em espaços públicos, aproximando o público da linguagem contemporânea.

“De Maputo para o mundo, o Kinani dança entre fronteiras e emoções. É um gesto de amor à arte, à cidade e à diversidade que nos define como povo”, concluiu Tembe.

Fonte: O País

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