27.1 C
New York
Sunday, November 9, 2025
InícioEconomiaCompromissos Climáticos e Cooperação Global Marcam Participação de Moçambique na COP30

Compromissos Climáticos e Cooperação Global Marcam Participação de Moçambique na COP30

Resumo

Moçambique reafirmou na Cimeira de Belém do Pará o compromisso com o Acordo de Paris e a justiça climática, defendendo a proteção dos ecossistemas e comunidades vulneráveis. O país apresentou cinco objetivos estratégicos para a agenda nacional de clima, destacando a necessidade de ações concretas de mitigação e adaptação. Além disso, realizou reuniões bilaterais de alto nível com o Presidente do Brasil, Primeiro-Ministro da Irlanda, Primeiro-Ministro da Holanda e Presidente do Banco Africano de Desenvolvimento. Moçambique considerou a COP30 como um marco na diplomacia económica e climática, fortalecendo relações bilaterais e compromissos multilaterais. Com esta atuação, o país reforça o seu papel na transição energética e na diplomacia climática africana, projetando-se como voz ativa do Sul Global.

Moçambique reafirma o compromisso com o Acordo de Paris, defende maior justiça climática e reforça alianças bilaterais e multilaterais durante a Cimeira de Belém do Pará.

A presença de Moçambique na COP30, realizada em Belém do Pará, reforçou o compromisso do país com a agenda climática global e o Acordo de Paris, consolidando parcerias e reafirmando a diplomacia ambiental como vector de desenvolvimento sustentável e cooperação internacional.

Durante a Cimeira, Moçambique defendeu uma maior determinação colectiva no combate às mudanças climáticas, alertando que os progressos alcançados até aqui “ainda são insuficientes para garantir a sobrevivência dos ecossistemas e das comunidades mais vulneráveis”.

O país reafirmou que a protecção das florestas, oceanos e ecossistemas costeiros é essencial para a segurança alimentar e a resiliência climática, e sublinhou a necessidade de transformar compromissos políticos em acções concretas de mitigação e adaptação.

A delegação moçambicana apresentou cinco objectivos estratégicos para a agenda nacional de clima: promover o país como centro energético regional de fontes renováveis, reforçar os compromissos no âmbito do Acordo de Paris, integrar a agenda climática nas políticas de governação, mobilizar recursos financeiros e tecnológicos e continuar a defender os interesses africanos na gestão de riscos e desastres naturais, posição que Moçambique ocupa como Campeão da União Africana nesta matéria.

Moçambique insistiu igualmente na urgência de garantir acesso equitativo ao financiamento climático, recordando que os países mais vulneráveis continuam a enfrentar obstáculos significativos na captação de fundos internacionais.

À margem da Cimeira, foram realizadas reuniões bilaterais de alto nível com o Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, o Primeiro-Ministro da Irlanda, Michael Martin, o Primeiro-Ministro da Holanda, Dick Schoof, e o Presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Sidi Ould Tah.

Com o Brasil, foi abordada a retoma da cooperação económica e técnica, incluindo projectos nos sectores da agricultura, saúde, transportes, infra-estruturas e energia. O Presidente Lula confirmou ainda a intenção de visitar Moçambique, reforçando o carácter estratégico das relações entre os dois países.

Com a Irlanda, Moçambique reafirmou a parceria económica e de desenvolvimento, enquanto com a Holanda foi destacada a coincidência simbólica entre os 50 anos de relações diplomáticas e o Jubileu de Ouro da Independência Nacional, com foco no reforço do investimento bilateral.

O encontro com o BAD centrou-se na continuidade dos projectos de financiamento climático e infra-estrutural, com o dirigente do banco convidado a visitar Moçambique para consolidar os programas em curso.

No balanço da participação, Moçambique considerou a COP30 “um marco de consolidação da diplomacia económica e climática”, assinalando o avanço nas alianças internacionais para financiamento verde e a integração da agenda ambiental no novo ciclo de governação.

“Fortalecemos relações bilaterais, renovámos compromissos multilaterais e consolidámos a presença de Moçambique como actor activo na transição energética e na diplomacia climática africana”, destacou a delegação moçambicana.

<

p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>Com esta actuação, o país projecta-se como voz activa do Sul Global e reforça o seu papel na articulação entre desenvolvimento económico e sustentabilidade ambiental, num contexto de crescente pressão climática e geopolítica.

Fonte: O Económico

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, digite seu nome aqui
Por favor digite seu comentário!

- Advertisment -spot_img

Últimas Postagens

Chapo defende justiça ambiental para países vulneráveis

0
O Presidente moçambicano, Daniel Chapo, apelou por decisões globais corajosas na COP30, destacando a urgência de enfrentar a crise climática com financiamento...
- Advertisment -spot_img