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Sunday, November 9, 2025
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Dólar Encerra a Semana em Baixa Face ao Euro e ao Franco Suíço em Meio a Incertezas Sobre a Reserva Federal

Resumo

O dólar dos EUA fechou em baixa devido ao encerramento parcial do Governo e sinais mistos no mercado laboral, com a Fed a manter uma postura cautelosa face ao abrandamento económico. A moeda norte-americana terminou a semana em terreno negativo, com o índice a recuar 0,12% na sexta-feira, acumulando uma perda semanal de 0,15%. O euro subiu 0,15%, para 1,15564 USD, com um ganho semanal de 0,26%. O mercado reagiu à incerteza em torno da política monetária da Fed e à paralisação do Governo dos EUA, que impediu a divulgação de dados cruciais, como o relatório mensal de emprego. A prolongação do impasse político e a desaceleração económica geraram preocupações nos mercados globais. O rendimento das obrigações do Tesouro norte-americano caiu ligeiramente, reflectindo a procura por ativos seguros. Analistas mantêm previsões optimistas para o dólar, mas a volatilidade e a prudência devem continuar nos mercados cambiais globais.

Encerramento parcial do Governo norte-americano e sinais mistos do mercado laboral pressionam a moeda dos EUA, enquanto a Fed mantém postura prudente perante o abrandamento económico.

O dólar norte-americano encerrou a semana em terreno negativo face às principais divisas internacionais, num contexto dominado pela incerteza em torno da política monetária da Reserva Federal e pela prolongada paralisação do Governo dos Estados Unidos, que impediu a divulgação do relatório mensal de emprego.

A moeda dos EUA recuou 0,12% na sexta-feira, situando-se em 99,56 pontos no índice que mede o seu desempenho face a seis moedas de referência. Com isso, o dólar acumulou uma perda semanal de 0,15%, interrompendo duas semanas consecutivas de ganhos. O euro, por seu lado, subiu 0,15%, para 1,15564 USD, consolidando um ganho semanal de 0,26%.

O mercado cambial reagiu à conjugação de factores internos e externos. Nos Estados Unidos, o encerramento parcial do Governo federal — o mais prolongado da história recente — paralisou a divulgação de dados oficiais cruciais, incluindo o relatório de emprego de Outubro, habitualmente decisivo para a orientação da política monetária. Sem esse indicador, os investidores recorreram a dados privados, que apontaram para uma redução de postos de trabalho nos sectores público e retalhista, alimentando receios de abrandamento económico.

Ao mesmo tempo, as exportações da China registaram a maior queda desde Fevereiro, após meses de antecipação de encomendas para evitar tarifas norte-americanas. A contracção intensificou as preocupações sobre a procura global e o impacto sobre as economias europeias, que mantêm forte exposição comercial ao mercado chinês.

O rendimento das obrigações do Tesouro norte-americano a 10 anos caiu ligeiramente, 0,2 pontos base, para 4,091%, reflectindo o movimento de procura por activos seguros.

Segundo Mohit Kumar, economista da Jefferies, o mercado “está a reagir em excesso a qualquer indício relacionado com o mercado de trabalho”, observando que “os comentários de Jerome Powell, na última reunião do FOMC, sugerem que a fasquia para um corte em Dezembro é elevada”.

O banco Barclays atribui 60% de probabilidade de que a paralisação governamental termine entre 11 e 21 de Novembro, mas alerta que existe 15% de hipótese de prolongar-se até Dezembro, cenário que poderia agravar a volatilidade cambial e a percepção de risco político nos EUA.

Apesar da queda, alguns analistas continuam optimistas quanto à resiliência do dólar. “Mantemos a previsão de uma recuperação pontual da moeda, dado que o crescimento dos EUA permanece sólido, embora o sentimento do mercado esteja enfraquecido”, afirmaram os analistas da TS Lombard, liderados por Andrea Cicione, em nota enviada a investidores.

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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>No médio prazo, a trajectória do dólar dependerá da evolução do mercado laboral, da resolução do impasse político em Washington e da leitura da Fed sobre o ciclo de política monetária. Até lá, a tendência de volatilidade e prudência deverá marcar os mercados cambiais globais.

Fonte: O Económico

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