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Tuesday, November 11, 2025
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Acidentes rodoviários são mais mortíferos que qualquer doenças no país

Resumo

O Ministro dos Transportes e Logísticas de Moçambique alertou para os acidentes de viação como a principal causa de mortes no país, enfatizando a necessidade de colaboração da sociedade para combater este problema. João Matlombe entregou 10 viaturas ao INATRO para reforçar a fiscalização rodoviária no centro e norte do país, visando reduzir a sinistralidade nas estradas. Matlombe salientou os elevados prejuízos sociais e económicos causados pelos acidentes, apelando a uma intervenção mais ampla para evitar as tragédias. O governo reconhece que os acidentes não resultam apenas do excesso de velocidade, destacando a importância da qualidade da rede viária e da responsabilidade dos fiscais de trânsito. A entrega das viaturas visa fortalecer a segurança rodoviária nas províncias do centro e norte, com planos de ações adicionais para abordar as causas dos acidentes.

O Ministro dos Transportes e Logísticas indicou que os acidentes de viação são actualmente a principal causa de mortes no país e exortou a colaboração de toda a sociedade para travar este mal. João Matlombe falava na Beira depois de proceder à entrega de 10 viaturas ao INATRO que deverão reforçar a fiscalização rodoviária no centro e norte do país, com objectivo de reduzir a sinistralidade rodoviária.   

João Matlombe, Ministro dos Transportes e Comunicações, que falava a jornalistas nesta segunda-feira em Sofala, indicou que os prejuízos sociais e económicos são muito grande no meio da sociedade moçambicana, devido a fatalidade dos acidentes de viação em todo o país. 

“Os acidentes, hoje em dia, estão a matar mais do que qualquer doença de saúde pública que nós temos no país e isso preocupa-nos, porque achamos que podemos evitar. Estamos a ter prejuízos econômicos bastante grandes, estamos a ter prejuízos sociais, as famílias estão a ter prejuízos sociais enormes devido aos acidentes, à fatalidade dos acidentes de viação e aqui no centro do país, o corredor da EN-6, tem sido a média daqueles que têm contribuído em grande medida com impactos bastante graves, do ponto de vista de fatalidade. Portanto, estamos a falar de perda de vidas humanas em relação aos acidentes”, disse o Ministro dos Transportes e Logísticas.

João Matlombe disse ainda que o governo está ciente que os acidentes de viação não acontecem apenas devido aos excessos de velocidade, por isso pede mais intervenção de todos. 

“Nossa expectativa, também a mensagem que queremos transmitir aos nossos colegas ao nível do INATRO, é que esses meios obviamente sirvam para que, como resultado, tenhamos a redução dos acidentes, esses meios sirvam para efectivamente fazer essa fiscalização, haja maior responsabilidade dos nossos fiscais, porque não podemos continuar a ter situações de viaturas superlotadas, a terem acidentes enquanto passam por pontos de fiscalização. Portanto, os nossos colegas também têm que ser mais responsáveis em relação a isso. Estamos a falar do INATRO, estamos a falar também da Polícia de Trânsito, que faz o trabalho de fiscalização, como trabalho também obviamente de silêncio para controlar a segurança rodoviária no nosso país”, destacou. 

O ministro falava depois de entregar 10 viaturas para fiscalização rodoviária nas zonas centro e norte do país. “Esse é o nosso objectivo, as províncias todas de centro e norte do país, os meios que estamos aqui a proceder a entrega hoje, estamos a falar praticamente de Sofala, Manica, Zambézia, Tete, Niassa, Cabo Delgado, que passam a beneficiar desses meios. A zona Sul também já tem os meios reforçados. E vamos continuar com as outras acções, já que sabemos que os acidentes não acontecem apenas pelo excesso de velocidade, mas também temos problemas da qualidade da rede viária, portanto, em alguns sítios, nos sítios mapeados estamos a fazer o trabalho nesse aspecto, também estamos a fazer um trabalho para ver se conseguimos reforçar a nossa capacidade de assistência depois dos acidentes, adquirindo mais ou menos ambulâncias, para ver se conseguimos intervir logo imediatamente após os acidentes, pelo menos para prevenir que tenhamos mortes logo depois dos acidentes de pessoas por falta de socorro”, revelou.

Matlombe destacou ainda que são várias as acções que estão a ser desenvolvidas, “incluindo a acção de educação cívica e campanhas que estão a ser realizadas tanto nas escolas, como na via pública, nos mercados, cada concentração de vendedores próximo das estradas”. 

E ainda em Sofala o Ministro dos transportes afirmou que há ações em curso para tornar as Linhas Aéreas de Moçambique uma empresa de referência, apesar das inúmeras adversidades e que a maior preocupação dos moçambicanos neste momento não deve ser  as infracções disciplinares registadas na empresa. 

O ministro respondia a uma questão relacionada com a recente constatação de um  desvio de 48 milhões de meticais através de facturas falsas de tradução de documentos legais, facto que culminou com a suspensão de quatro quadros seniores da empresa e disse que há um acto administrativo em curso. 

“Obviamente é uma preocupação, porque aconteceu. Mas foram tomadas medidas necessárias, então agora vamos deixar que o processo decorra. A reforma da LAM, nós vamos explicar também isso agora em sede da Assembleia da República, porque são questões que foram colocadas, mas o mais importante em relação à reforma da LAM é nos concentrarmos no resultado final. Estamos a trabalhar para ter a melhor companheira do país, que orgulhe a todos os moçambicanos, que permita que cada um possa viajar onde quiser no país”, disse.

João Matlombe disse que o processo de reestruturação da LAM é difícil, porque envolve redução de pessoas que têm suas próprias famílias. “As pessoas não são máquinas, nós temos que ter essa sensibilidade, mas também não podemos manter as pessoas. Há essências de que temos que tratar as pessoas de forma humanizada, essa é a nossa maior preocupação em relação à reestruturação da LAM. O processo está a continuar, a primeira etapa vai terminar agora em Dezembro, próximo ano vamos iniciar a segunda fase, mas temos que continuar a encorajar os trabalhadores a colaborar até agora ao nível da empresa, para que possamos ultrapassar as várias etapas. Gostaríamos, obviamente, de ter dado mais passos, mas dada a complexidade do processo, obviamente ainda não”, concluiu.

O ministro terminou exortando a todos os moçambicanos a contribuírem para o país ter uma companhia aérea cada vez melhor. 

 

Fonte: O País

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