Angola celebra, hoje, 50 anos de independência. O momento marca um longo percurso da nação angolana, que pelo caminho enfrentou vários desafios, desde logo a luta pela independência e a guerra civil, que durou 27 anos.
No seu discurso e perante vários convidados de quase todos os cantos do mundo, entre chefes de Estado e de governo, incluindo a presidente da Assembleia da República, Margarida Talapa, em representação do Presidente da República, Daniel Chapo, e os antigos presidentes de Moçambique, Joaquim Chissano e Filipe Nyusi, o presidente de Angola, João Lourenço, referiu que o país, banhado pelo Oceano Atlântico, celebra o jubileu num contexto de desafios de muita complexidade.
Mais do que romper com o subdesenvolvimento, tal como adverte, o combate à fome, pobreza e as desigualdades sociais constituem uma das maiores lutas que o governo angolano tem travado nos últimos anos. Para João Lourenço, a contribuição de todos os angolanos é fundamental para o sucesso de vários projectos que visam garantir a melhoria da vida no país.
Segundo o Chefe do Estado de Angola, tal só pode acontecer com um povo unido e que luta pela mesma causa, deixando de lado as cores partidárias e todo o tipo de diferenças ideológicas.
No seu discurso, João Lourenço referiu ainda que, apesar do notável progresso em várias áreas, o país tem ainda o desafio de imprimir profundas reformas para a melhoria contínua do ambiente de negócios. Esse facto, de acordo com o estadista angolano, só poderá acontecer com a diversificação da economia.
O robustecimento da economia angolana poderá, por tabela, assegura Lourenço, contribuir significativamente para o acesso aos serviços sociais para a população, com a provisão, por exemplo, de energia de qualidade, água e o fortalecimento do ensino e do sistema de saúde nacional.
“Temos consciência de que o caminho ainda é longo. É preciso assinalar que o crescimento do país depende da contribuição de todos os angolanos. Todos precisamos estar comprometidos com as causas nacionais”, disse João Lourenço, que insta todos os angolanos a valorizar as conquistas que o país alcançou em 50 anos de independência.
Fonte: O País