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Tuesday, November 11, 2025
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Debate sobre alteração da bandeira de Moçambique regressa após 20 anos

Resumo

O debate sobre a mudança da bandeira de Moçambique voltou a ganhar destaque, 20 anos após a última tentativa. A presença da AK-47 na bandeira tem gerado divergências sobre o seu significado, com a Frelimo a defender a sua manutenção como símbolo de resistência e libertação, enquanto a Renamo e outros argumentam que representa um passado de guerra civil. O fracasso anterior em alterar a bandeira foi atribuído à falta de consenso político entre os partidos. Recentemente, o Presidente do partido ANAMOLA, Venâncio Mondlane, tem liderado uma campanha pela mudança da bandeira, promovendo votações online para escolher novos projetos que simbolizem unidade, paz e reconciliação nacional. Até agora, o governo moçambicano não tomou uma posição oficial sobre a possível alteração da bandeira ou a permanência da AK-47.

Por: Gentil Abel

Passados 20 anos desde a última tentativa formal de alterar os símbolos nacionais, o debate sobre a mudança da bandeira de Moçambique voltou a ganhar destaque na esfera pública. A discussão centra-se sobretudo na presença da imagem de uma AK-47 na bandeira, um elemento que suscita divergências sobre o que os símbolos nacionais devem representar.

Em 2005, a Assembleia da República recebeu 169 propostas para alterar a bandeira e o emblema nacionais, numa iniciativa que visava modernizar os símbolos do país. O júri encarregado de seleccionar os três melhores projectos deveria concluir a escolha até o final de outubro de 2005, com posterior submissão à sessão plenária da Assembleia em novembro. No entanto, nenhuma proposta foi aprovada. A principal razão apontada para o fracasso foi a falta de consenso político entre o partido no poder, a Frelimo, e a oposição, a Renamo. Enquanto a Frelimo defendia a manutenção da AK-47 como símbolo de resistência e libertação, a Renamo e sectores da sociedade civil argumentavam que a arma remete a um passado de guerra civil e não reflectia a busca por paz e desenvolvimento.

Desta feita, a questão voltou a ser levantada recentemente pelo Presidente do partido ANAMOLA, Venâncio Mondlane, que lidera uma campanha em favor da mudança da bandeira. Mondlane tem promovido votações públicas online para escolher novos projectos de bandeira, no final de 2024 e início de novembro de 2025, enfatizando a necessidade de símbolos que representem unidade, paz e reconciliação nacional. Até ao momento, porém, não houve uma posição oficial do governo moçambicano sobre a eventual alteração da bandeira ou sobre a permanência da imagem da AK-47.

 

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