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Wednesday, November 12, 2025
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Retomou a circulação de comboios em Sofala após dez dias de interrupção

Resumo

O transporte ferroviário de passageiros foi interrompido durante dez dias devido à vandalização da Linha de Sena em Moçambique, que resultou no descarrilamento de um comboio de carga. Após a reparação da linha, a circulação de comboios de passageiros foi retomada esta terça-feira, ligando a cidade da Beira a Tete, Chimoio e Machipanda. Os passageiros expressaram satisfação com a retoma do serviço, destacando a importância do comboio para o transporte de mercadorias e deslocações profissionais. Residentes locais apelaram aos responsáveis pela vandalização para refletirem sobre as consequências dos seus atos, sublinhando os riscos de segurança e os prejuízos causados pela interrupção do serviço ferroviário.

O transporte ferroviário de passageiros foi interrompido por dez dias depois da vandalização da linha de Sena que culminou com o descarrilamento de um comboio de carga, Os passageiros, bem como a direcção dos Caminhos de Ferro de Moçambique em Sofala, lamentam os prejuízos e apelam para que não haja mais destruição das linhas.

Foi retomada esta terça.feira a circulação de comboios de passageiros a partir da cidade da Beira  para Tete, Chimoio e Machipanda, depois de uma interrupção de dez dias devido a vandalização da Linha de Sena que culminou com o descarrilamento de um comboio de mercadorias, sem vítimas humanas.  

A partida aconteceu na estação da cidade da Beira para Moatize, província de Tete, facto que não acontecia há 10 dias, depois da Linha de Sena ser sabotada por indivíduos até agora desconhecidos.

A sabotagem da linha de Sena, que culminou com o descarrilamento do comboio de mercadorias, propiciou a que os Caminhos de Ferro de Moçambique, por razões de segurança, tenham decidido suspender os comboios de passageiros.

Depois de consertada a linha, cujo prejuízos ascenderam a sete milhões de dólares, foi retomada nesta terça-feira a circulação de comboios de passageiros o que alegra os utentes, que ficaram bastante prejudicados com a interrupção deste meio de transporte, fundamental na ligação entre Beira e os distritos do norte de Sofala e do Sul de Tete.

Na retoma, o ambiente encontrado na estação ferroviária da Beira foi de centenas de passageiros à procura de um lugar, tanto nas carruagens da segunda, assim como da primeira classe.

Isac Fernando é um dos passageiros que apanhou o comboio e disse estar muito satisfeito, porque, “esses dias que estava paralisado, já estava muito apreensivo, porque há muitas viagens que não aconteceram, há muitos negócios que também não aconteceram, porque nós temos estado a usar o comboio para essas trocas comerciais, negócios e também essa locomoção para questões profissionais”.

Teresa Maimisse é residente no distrito de Cheringona, há cerca de 200 quilómetros da cidade da Beira, e deveria ter saído de Chiveve na terça-feira da semana passada, mas devido a interrupção. 

“Sim, criou um impacto negativo mesmo, porque sem a circulação do comboio nós ficamos muito tristes, porque o comboio nos ajuda muito para transportar bens de pessoas”, disse. Os nossos entrevistados dirigiram-se depois aos autores da vandalização para apelar que coloquem mão na consciência, por forma a não prejudicarem a empresa e nem os que se beneficiam destes serviços.

“É preciso mesmo colocar a mão na consciência, porque este aqui é um comboio de passageiros. Esta vandalização, em algum momento, se tivesse encontrado este comboio, poderíamos ter, se calhar, várias mortes, então, para esses que têm estado mesmo a vandalizar, na verdade, eles devem colocar a mão na consciência e não voltar a fazer isso, porque é um acto mesmo não abonatório e é condenável e repudiável”, disse Alberto Francisco, passageiro.

Os caminhos de Ferro de Moçambique, através de Atanásio das Neves, Director de Manutenção dos CFM-Centro, garantiram que o transporte de passageiros da cidade da Beira para vários pontos voltou à normalidade.

“Hoje, primeiro saiu uma automotora para Chimoio, e neste momento, como puderam acompanhar também, durante o embarque, vai sair o comboio para Moatize. Amanhã teremos o comboio que vai para Marromeu”, disse Atanásio das Neves.

Entretanto, há passageiros que ficaram retidos na cidade da Beira cerca de 10 dias sem poderem viajar de comboio a fim de cumprirem com os seus interesses. Atanásio das Neves diz que esta situação não é boa para ninguém.

“Por isso, por favor, se houver alguma coisa, tem que sempre evitarmos termos prejuízos nesses aspectos. O CFM sofre muito com os prejuízos quando há descarrilamento. São incalculáveis e esses prejuízos acabam afectando não só ao CFM, mas à própria economia do país, porque todos nós estamos a remar na mesma direcção”, disse.

Refira-se que foi reforçada a segurança ao longo das Linhas de Sena e Machipanda e as  autoridades de justiça estão a investigar os actos de vandalização que ocorreram nas duas linhas.

Fonte: O País

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