Resumo
Os preços do petróleo recuaram ligeiramente, com o Brent a fixar-se em 65,08 dólares por barril e o WTI em 60,97 dólares, após ganhos anteriores, enquanto os investidores aguardam o desfecho do impasse político em Washington e monitorizam as sanções à Lukoil e à Rosneft. A reabertura do Governo dos EUA pode impulsionar a procura de crude, com a expectativa de aumento do consumo de energia, especialmente no transporte aéreo. As sanções dos EUA às petrolíferas russas estão a influenciar o mercado, com a China a procurar petróleo não russo e empresas chinesas a serem afetadas indiretamente. Estas ações marcam um aumento das tensões entre Moscovo e Washington, introduzindo incertezas no mercado energético global. O mercado petrolífero encontra-se num ponto delicado entre a recuperação da procura e os riscos geopolíticos que ameaçam a estabilidade da oferta mundial.
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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>Os preços do Brent e do WTI recuaram ligeiramente, após ganhos na sessão anterior, enquanto os investidores monitorizam o fim do impasse político em Washington e os efeitos das sanções impostas à Lukoil e à Rosneft.
Os preços do petróleo mantiveram-se praticamente inalterados na quarta-feira, após a forte valorização registada na sessão anterior, com os mercados atentos à reabertura do Governo dos Estados Unidos, um desenvolvimento que poderá reforçar a confiança dos consumidores e impulsionar a procura de crude na maior economia do mundo.
O Brent recuou 0,12%, fixando-se em 65,08 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate (WTI) caiu 0,11%, para 60,97 dólares. Os recuos ligeiros ocorrem depois de ganhos superiores a 1,5% na véspera, impulsionados pela expectativa de resolução da mais longa paralisação governamental da história norte-americana.
A Câmara dos Representantes, dominada pelos republicanos, deverá votar uma proposta aprovada pelo Senado que restabelece o financiamento das agências federais até 30 de Janeiro, pondo fim a várias semanas de bloqueio político que afectaram serviços públicos e travaram a actividade económica.
De acordo com o analista Tony Sycamore, da IG Markets, o fim do “shutdown” poderá aumentar o optimismo dos consumidores e estimular o consumo de energia, particularmente no sector do transporte aéreo, após o cancelamento de dezenas de milhares de voos nos últimos dias.
No plano geopolítico, o mercado continua atento à repercussão das sanções impostas pelos EUA à Lukoil e à Rosneft, as duas maiores companhias petrolíferas russas, o que tende a conter a oferta global e sustentar os preços. Segundo a Reuters, a refinaria chinesa Yanchang Petroleum está à procura de petróleo não russo, e a Luoyang Petrochemical, subsidiária da Sinopec, foi forçada a suspender operações de manutenção como consequência indirecta das medidas.
Estas sanções representam as primeiras acções directas contra a Rússia tomadas por Donald Trump desde o início do seu segundo mandato, intensificando as tensões entre Moscovo e Washington e introduzindo novas incertezas no equilíbrio do mercado energético global.
Com a esperada reabertura do Governo norte-americano e a persistência das sanções à Rússia, o mercado petrolífero continua num delicado ponto de equilíbrio, dividido entre sinais de recuperação da procura e riscos geopolíticos que ameaçam a estabilidade da oferta mundial.
Fonte: O Económico






