Resumo
O preço do ouro recuou 0,5%, para 4.107,41 USD por onça, após atingir o valor mais alto desde 23 de outubro, devido à recuperação do dólar e à realização de lucros. A expectativa de cortes nas taxas da Reserva Federal dos EUA continua a impulsionar o otimismo em torno do metal precioso. O ouro à vista desceu, influenciado pela valorização do dólar, enquanto os futuros para dezembro recuaram ligeiramente. A aprovação do acordo de financiamento federal nos EUA e as declarações do governador da Fed sobre possíveis cortes nas taxas em dezembro também influenciaram o mercado. O ouro beneficia de taxas de juro mais baixas e incerteza económica, mantendo-se como refúgio preferencial em tempos de instabilidade monetária global.
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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>O metal precioso caiu 0,5%, para 4.107,41 USD por onça, depois de atingir o valor mais alto desde 23 de Outubro. A recuperação do dólar e a tomada de lucros limitaram os ganhos acumulados pela expectativa de cortes nas taxas da Reserva Federal.
Os preços do ouro recuaram esta quarta-feira, após terem atingido o valor mais alto em quase três semanas, influenciados pela recuperação do dólar e pela realização de lucros por parte dos investidores. A expectativa de um corte nas taxas de juro pela Reserva Federal dos Estados Unidos continua, contudo, a sustentar o optimismo em torno do metal precioso.
O ouro à vista desceu 0,5%, para 4.107,41 dólares por onça, enquanto os futuros para Dezembro recuaram 0,1%, para 4.113,80 dólares, segundo dados divulgados às 04h21 GMT.
Na véspera, o ouro tinha subido para o nível mais alto desde 23 de Outubro, impulsionado pelas apostas de que a Fed cortará as taxas em 25 pontos base na sua próxima reunião, uma probabilidade agora estimada em 68%, face aos 64% registados na sessão anterior, de acordo com o CME FedWatch Tool.
“O recuo do dólar favoreceu o ouro e a prata ao longo da semana, mas parece que a ‘normalidade’ regressou, com o ouro a consolidar acima dos 4.100 dólares e a apontar para novas resistências caso os dados macroeconómicos dos EUA se mantenham favoráveis”, explicou Tim Waterer, analista-chefe da KCM Trade.
O índice do dólar subiu 0,1%, pondo fim a cinco sessões consecutivas de perdas, o que tornou o ouro menos atractivo para detentores de outras moedas. A ligeira valorização da divisa norte-americana seguiu-se à aprovação, pelo Senado dos EUA, do acordo que restaura o financiamento federal após o mais longo encerramento governamental da história do país.
O governador da Fed, Stephen Miran, reforçou na segunda-feira que um corte de 50 pontos base seria apropriado já em Dezembro, tendo em conta a queda da inflação e o aumento gradual da taxa de desemprego.
No mercado físico, o SPDR Gold Trust, o maior fundo mundial de ouro transaccionado em bolsa, aumentou as suas reservas em 0,41%, para 1.046,36 toneladas.
Entre os outros metais preciosos, a prata recuou 0,4%, para 51,05 USD/oz, o platina caiu 0,4%, para 1.578,95 USD/oz, e o paládio desvalorizou quase 1%, para 1.431,47 USD/oz.
“O ouro tende a beneficiar de contextos de taxas de juro mais baixas e de incerteza económica”, observou Waterer, destacando que o comportamento do mercado deverá continuar dependente das próximas divulgações de dados macroeconómicos dos EUA.
Com a expectativa de cortes nas taxas de juro a consolidar-se e o dólar a recuperar, o ouro entra numa fase de consolidação técnica, mantendo o estatuto de refúgio preferencial num contexto de incerteza monetária global.
Fonte: O Económico






