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Friday, November 14, 2025
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Programa de Economia Verde Exige Cinco Mil Milhões USD Para Transformar a Indústria Florestal

Resumo

O Governo de Moçambique está a planear um programa de investimento de cinco mil milhões de dólares para reestruturar a cadeia de valor florestal, reduzir a exportação de madeira em bruto e promover a industrialização local. O objetivo é tornar a floresta num motor económico moderno e sustentável, afastando-se do modelo de exportação de madeira em bruto. O plano inclui a criação de parques industriais florestais, o fortalecimento das cadeias de valor e a mobilização de financiamento verde. Será feita uma revisão da legislação florestal e reforçada a fiscalização para combater práticas ilegais, reduzir desperdícios e alinhar o setor com padrões ambientais internacionais. Estas medidas visam acelerar a adoção de práticas sustentáveis, criar emprego qualificado e aumentar a competitividade industrial.

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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>O Governo prepara um ambicioso pacote de investimentos para reestruturar a cadeia de valor florestal, reduzir exportações de madeira em bruto, criar parques industriais e posicionar Moçambique entre as economias sustentáveis de África.

Moçambique prepara um dos mais ambiciosos programas de transformação verde da sua história recente. Avaliado em cinco mil milhões de dólares norte-americanos, o novo Programa de Economia Verde pretende reestruturar toda a cadeia florestal, reduzir drasticamente a exportação de madeira em bruto e impulsionar a industrialização local. A meta é clara: fazer da floresta um motor económico moderno, competitivo e sustentável.

Uma Estratégia Para Virar a Página na Exploração Florestal

Segundo o Director-Geral das Florestas, Imede Falume, em declarações ao “Notícias”, o plano assenta na criação de parques industriais florestais, na dinamização das cadeias de valor e na mobilização de financiamento verde. Falume sublinha que as reformas constantes da Estratégia Nacional de Financiamento 2025–2035 deverão “acelerar a adopção de práticas sustentáveis, criar emprego qualificado e aumentar a competitividade industrial”.

A transformação proposta rompe com o modelo extractivo que historicamente privilegiou a exportação de madeira em bruto, frequentemente feita em condições precárias e de baixo valor acrescentado.

Revisão da Legislação e Fiscalização Rigorosa Como Pontos de Viragem

O período 2025–2026 será marcado por uma profunda revisão da legislação florestal, acompanhada de reforço da fiscalização e melhoria dos planos de maneio sustentável. O Governo pretende travar práticas ilegais, reorganizar licenças, reduzir desperdícios e alinhar o sector com padrões ambientais internacionais.

Falume afirma que estes pilares são indispensáveis para transformar a indústria e reduzir vulnerabilidades: “O sucesso depende de uma governação eficaz, transparente e com combate firme à exploração irresponsável”.

Menos Exportação Bruta, Mais Valor Acrescentado

Entre 2027 e 2030, o objectivo é reduzir em 60 por cento a exportação de madeira serrada e privilegiar a transformação local. A estratégia aposta na produção nacional de móveis e derivados, na expansão de pequenas e médias indústrias, no aumento das oportunidades de emprego rural e na retenção de maior volume de receitas no país. A orientação é clara: substituir a exportação de troncos por uma indústria que agrega valor, gera mais rendimento e cria novos pólos de desenvolvimento nas comunidades.

A nova abordagem quer transformar Moçambique de exportador de troncos em exportador de produtos manufacturados, elevando margens, diversificando a economia e criando novos pólos industriais ao nível distrital.

Parques Industriais Florestais: O Novo Motor da Economia Rural

A criação de parques industriais florestais é apontada como a pedra angular do programa. Estas infra-estruturas permitirão concentrar investimentos, garantir processamento moderno, reforçar logística e atrair operadores com capacidade tecnológica.

O director-geral das Florestas considera que, com esta estratégia, o sector poderá gerar milhares de empregos e tornar-se “um dos pilares estruturantes da economia verde, desde que haja gestão responsável e controlo rigoroso dos recursos”.

Moçambique Na Rota das Economias Sustentáveis

Com este programa, o Governo sinaliza uma mudança na política industrial e ambiental: diversificar a base produtiva, estimular a industrialização verde e alinhar o país às tendências globais de consumo responsável e neutralidade carbónica.

A estratégia procura colocar Moçambique entre as economias africanas que conciliam crescimento e preservação ambiental, apostando num novo paradigma em que a floresta é vista não como um recurso a extrair, mas como um activo económico de longo prazo.

Ao investir cinco mil milhões USD na economia verde e ao transformar a forma como o país explora e industrializa os seus recursos florestais, Moçambique dá início a um ciclo que poderá redefinir o sector madeireiro, gerar emprego rural e consolidar as bases de uma economia sustentável e competitiva. As próximas reformas legislativas e institucionais dirão se esta ambição se converte numa verdadeira revolução produtiva.

Fonte: O Económico

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