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Monday, November 17, 2025
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SERIA MAIS FLEXÍVEL PRORROGAR A ÉPOCA

Percebi ser possível prorrogar a época, ao invés de correr para encerrar a disputa das seis jornadas do Moçambola-2025 em falta e a disputa da “final four” até ao dia 14 de Dezembro, como se prevê, e libertar, em seguida, os jogadores seleccionados, que jogam intramuros, para a preparação da participação na 35.ª Edição do Campeonato Africano das Nações (CAN), que arranca no dia 21 do próximo mês, basta que a Federação Moçambicana de Futebol (FMF) e a Liga Moçambicana de Futebol (LMF) voltem a se sentar, de novo, à mesa e concluir, com alguma racionalidade, o que é melhor o futebol nacional.  

A LMF definiu o dia 7 de Dezembro para o fim do campeonato, e até lá teremos quatro semanas. Desta forma, é um dado adquirido que as equipas vão se submeter a um sacrifício excessivo, pelo intervalo curto entre os jogos, facto que pode criar um enorme desgaste físico e mental aos jogadores, e assim a verdade desportiva será posta em causa.

Pelo que, se a LMF estiver efectivamente em defesa dos seus filiados (os clubes) deve dissociar-se apenas da vontade de ver constatada a realização do campeonato deste ano no seu rol de actividades sem se importar com a qualidade.

A LMF e FMF deviam, quanto antes, perceber os perigos de produzir resultados que podem não ser bons para o país (se o campeão já foi praticamente encontrado, o mesmo não se pode dizer das equipas que ainda lutam pela manutenção).

Reside o perigo destas equipas que lutam pela manutenção jogarem em desvantagem pelas circunstâncias antes narradas, lembrando que a resistência física e mental de quem joga sem repouso nunca será igual à das que entram em campo devidamente relaxadas.

Abre-se, por outro lado, outro debate: a  prorrogação dos contratos entre clubes e os seus profissionais. Alguns já afirmaram que estão preparados para esse efeito, tendo já essa possibilidade em cima da mesa desde que o Moçambola começou a ter paragens, mas que não sentem clareza nas pretensões do gestor da prova, o que mostra que não seria surpresa para eles estender a época para o primeiro trimestre do próximo ano.

Em outra intervenção, fala-se que um dos calcanhar de Aquiles da ideia da prorrogação da época é o compromisso estabelecido com os parceiros da LMF, que compreende apenas este ano. De facto, não deve ser elemento a discordar, mas se não houver uma abordagem, não se saberá se existe ou não a possibilidade de renegociar tais contratos.

Nos últimos tempos vimos provas internacionais agendadas para um determinado período alteradas para o ano seguinte, mas sem perder a designação, porque deve ser compreensível que as circunstâncias ditam essas nuances. E, por mim, é só uma questão de flexibilização nos processos.

Respeitando a ambição de todos os moçambicanos de ver os “Mambas” a chegarem o mais longe possível no CAN do Marrocos, começando por alcançar a primeira vitória, de sempre, e apurar-se às fases seguintes, até que o sonho prove o contrário, estou céptico sobre as chances de Moçambique regressar no último dia da competição (18 de Janeiro de 2026) por meio de resultados.

Já manifestei a ideia de ver alterado o fim do calendário futebolístico e sugiro que a época vigente termine em meados de Janeiro. Se assim acontecesse, encurtar-se-ía o período de interregno, ultimamente fixado em mais de quatro meses, e ainda poder iniciar a prova-mãe, o Moçambola, em finais de Março, como tem sido habitual.

Também não percebo a razão da desenfreada corrida para finalizar a época, já que a comunicação à CAF, dos participantes nas provas africanas, é feita depois de Maio. Aliás, as provas só arrancam depois de Agosto do ano que vem. Qual é a pressa?

Nem se percebe que com esta precipitação corre-se o risco de pôr em causa a integridade física dos jogadores convocados à selecção e, por tabela, as acções pretendidas pelo combinado nacional no CAN.

Não quero acreditar que, como circula nos bastidores, a possibilidade, caso não se chegue ao fim da época futebolística dentro do previsto sem vencedores, Moçambique indique para as próximas Afrotaças os vencedores da época de 2024.

Não seria prestigiante para quem (o Songo) já tem quase certeza de que vai ganhar o Moçambola este ano, nem para os quatro clubes já qualificados, e com mérito, à “final four” da Taça de Moçambique.

Pensemos nos jogadores, no ingrato trabalho dos treinadores, sem esquecer que este ano os clubes pagaram salários durante um longo período sem competição.

Tomara que a ideia projectada pela FMF e LMF vingue sem prejuízo de terceiros.

Fonte: Jornaldesafio

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