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Bitcoin Afunda para Mínimos de Sete Meses e Reacende Temores Sobre Novo Ciclo de Correcção Prolongada

Resumo

A queda do Bitcoin abaixo dos 90 mil dólares reacende o debate sobre o ciclo pós-halving, com pressões de liquidações, incerteza macroeconómica e um dólar forte a afetar o mercado cripto. O Bitcoin caiu acentuadamente, quebrando os 90 mil dólares pela primeira vez em sete meses, com perdas de cerca de 30% em 2025. Liquidações massivas, aversão ao risco e incerteza sobre a política monetária dos EUA contribuem para a pressão. Desde o pico de 126 mil dólares em outubro, o Bitcoin perdeu mais de um quarto do seu valor. Analistas da Bernstein sugerem que a queda pode refletir o ciclo de quatro anos, mas não preveem uma queda estrutural como em ciclos anteriores. O mercado parece encaminhar-se para uma fase de consolidação, com possível formação de um fundo local.

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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>A queda abaixo dos 90 mil dólares reaviva o debate sobre o tradicional ciclo de quatro anos pós-halving, enquanto liquidações alargadas, incerteza macroeconómica e um dólar mais forte intensificam a pressão sobre o mercado cripto.

O Bitcoin voltou a cair de forma acentuada esta terça-feira, quebrando a barreira dos 90 mil dólares pela primeira vez em sete meses e acumulando perdas próximas de 30% em 2025, num ambiente marcado por liquidações massivas, maior aversão ao risco e crescente incerteza sobre a trajectória da política monetária dos Estados Unidos. A queda reacende o debate sobre se o mercado enfrenta apenas uma correcção técnica ou o início de um novo ciclo prolongado de desalavancagem, típico das fases pós-halving.

Liquidações Massivas Aceleram a Desalavancagem Global

A pressão sobre o Bitcoin intensificou-se desde que, no mês passado, foram liquidadas posições alavancadas no valor de 19 mil milhões de dólares, num movimento que desencadeou vendas forçadas e acelerou a queda. O ambiente tornou-se ainda mais frágil com o facto de o mercado atravessar precisamente o período histórico em que o Bitcoin tende a completar o seu ciclo de máximos, entre 400 e 600 dias após cada halving — o mais recente ocorrido em Abril de 2024.

Desde o pico histórico de 126 mil dólares registado a 6 de Outubro, o Bitcoin perdeu mais de um quarto do seu valor. Analistas da Bernstein, liderados por Gautam Chhugani, afirmam que esta queda pode reflectir uma espécie de “profecia auto-realizável” do ciclo de quatro anos, embora defendam que o contexto actual não justifica uma queda estrutural semelhante às de 60% a 70% dos ciclos anteriores. Para a Bernstein, o mercado parece caminhar para uma fase de consolidação, com formação de um fundo local.

Política Monetária dos EUA Pesa Sobre Activos de Risco

A postura mais agressiva da Reserva Federal tem desempenhado um papel decisivo no sentimento do mercado. A 10X Research refere que a recente viragem hawkish “desequilibrou a balança macro”, tornando o ambiente menos favorável a activos de risco. A quebra do nível técnico dos 93 mil dólares, considerado um suporte crítico, desencadeou uma cascata de liquidações que empurrou o preço para a zona dos 89 mil dólares.

Joshua Chu, co-chair da Hong Kong Web3 Association, descreve o momento como “uma combinação perigosa de desalavancagem institucional, menor liquidez e incerteza económica”, factores que tendem a amplificar a volatilidade e podem precipitar movimentos abruptos de correcção.

Apesar das quedas, há factores positivos ainda presentes no horizonte. A adopção crescente de ETFs cripto por investidores institucionais e a sinalização de apoio político da Administração Trump ao sector cripto são vistos como pontos de suporte. O avanço do Clarity Act no Congresso, uma legislação considerada marco regulatório, também contribui para moderar o pessimismo de longo prazo. A Strategy (MSTR), por seu turno, reforçou a sua posição com a compra de mais 8.178 bitcoins, num investimento de 835 milhões de dólares, mostrando confiança renovada no activo.

Criptoactivos e Mercados Globais Acompanham Tendência de Queda

A correcção não se limita ao Bitcoin. O Ethereum prolonga a sua tendência negativa e já perdeu quase 40% desde o pico de Agosto, negociando agora abaixo dos 3 mil dólares. Empresas com forte exposição ao universo cripto — como a Strategy, a Riot Platforms, a Mara Holdings e a Coinbase — recuaram de forma generalizada, reflectindo a deterioração do apetite por risco. Nos mercados asiáticos, as tecnológicas da Coreia do Sul e do Japão ressentiram-se, alimentando receios de contágio entre classes de activos.

A 10X Research lembra ainda que quedas expressivas no início do ano não são inéditas e que, no passado recente, movimentos semelhantes antecederam correcções mais amplas nos mercados accionistas, como o episódio ocorrido após o anúncio de novas tarifas norte-americanas em Abril. Isto reforça a ideia de que o comportamento actual do mercado cripto pode estar a sinalizar uma deterioração mais vasta no sentimento global.

Mesmo assim, há quem veja a zona dos 80 mil dólares — preço de referência imediatamente após a eleição de Donald Trump — como um potencial ponto de suporte para futuras entradas de investidores institucionais e retalho, caso o mercado estabilize.

Num mercado pressionado pela política monetária norte-americana, liquidações alargadas e padrões históricos que despertam cautela, o Bitcoin entra numa fase decisiva. A reacção dos investidores e o comportamento dos mercados globais nas próximas semanas poderão determinar se o activo enfrenta apenas uma pausa técnica ou se está à porta de um ciclo prolongado de baixa.

Fonte: O Económico

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