O terrorismo em Cabo Delgado não chegou a comprometer a segurança alimentar, apesar de que quase metade dos camponeses deixaram de produzir comida, devido aos ataques terroristas.
A garantia foi dada pelo Governo, através do director dos Serviços Provinciais de Actividades Económicas de Cabo Delgado, que assegura que a província continua longe de ter uma crise de fome, mas que continua a mobilizar apoios para evitar uma crise no futuro.
A estabilidade da segurança alimentar em Cabo Delgado contou com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, PNUD, que está a importar um projecto de recuperação da província.
Samuel Akera, representante do PNUD no país, diz que o apoio que é prestado permite que, mesmo quando há ataques terroristas, a população não tenha problemas alimentares.
“Os aspectos da sobrevivência são importantes, porque, quando os terroristas atacam as comunidades, eles roubam a sua comida, destroem todos os meios de subsistência de que as famílias dependem, e todos sabemos que a agricultura é chave, pesca também é importante, pequenos animais domésticos também são importantes e tudo isto normalmente perdem. E, quando os deslocados regressam, voltam sem nada e precisamos de os apoiar a recuperar a sua fonte de subsistência, temos de ajudar-lhes a recomeçar a sua vida de novo”, assegura Samuel Akera.
Além da agricultura, o projecto de recuperação de Cabo Delgado apoia na reconstrução das infra-estruturas e até as comunidades que acolhem as vítimas do terrorismo.
“O nosso maior objectivo é apoiar a maior parte das pessoas que estão a regressar e, tal como sabem, temos 610 mil deslocadas que estão a regressar às suas casas, e este é o nosso primeiro objectivo apoiar-lhes”, frisou Samuel Akera.
Para evitar uma crise de fome em Cabo Delgado, o Governo e parceiros de cooperação estão a tentar dinamizar a agricultura nas zonas consideradas seguras.
Fonte: O País