O Ferroviário da Beira contesta a marcação do jogo diante da União Desportiva do Songo, para o próximo sábado (22), referente à 22.ª jornada do Moçambola-2025.
Em nota de repúdio, os “Locomotivas” do Chiveve consideram que a decisão da LMF “ignora totalmente as condições físicas, logísticas e humanas enfrentadas pela nossa equipa, que disputou uma partida na cidade da Maxixe e regressou ontem, quarta-feira, apenas às 19h00, depois de percorrer cerca de 1.600 km de estrada em menos de três dias”.
O clube entende que submeter atletas e equipa técnica a tal exigência, “sem o mínimo intervalo para recuperação”, é desumano, desportivo e tecnicamente irresponsável.
“Mais grave ainda, a Liga decide antecipar o jogo, quando o mais sensato seria, no mínimo, agendar a partida para domingo, possibilitando uma margem mínima de recuperação”, lê-se na nota na posse do “Desafio”.
O Ferroviário da Beira diz não compreender a pressa, sobretudo quando a União Desportiva do Songo possui um jogo em atraso, referente à 21.ª jornada contra o Textáfrica de Chimoio — “um encontro que inexplicavelmente foi ultrapassado, dando prioridade à 22.ª jornada”.
“Esta conduta viola princípios básicos de equidade, transparência e respeito pela integridade da competição. A forma como os jogos têm sido calendarizados transmite a percepção de favorecimento, como se o desfecho do campeonato estivesse previamente definido”, acusa.
“O clube Ferroviário da Beira repudia com veemência esta decisão arbitrária, lesiva da verdade desportiva, e exige que a Liga Moçambicana de Futebol reveja imediatamente o agendamento do referido encontro, adoptando critérios de rigor, justiça e responsabilidade, tal como o futebol nacional exige e merece”, refere, concluindo que a verdade desportiva não é negociável.
O Ferroviário da Beira empatou sem golos, terça-feira, diante da Associação Desportiva de Vilankulo, e ocupa a segunda posição, com 34 pontos, menos 16 que a líder União Desportiva do Songo.
Fonte: Jornaldesafio





