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Estimados em 100 milhões de Meticais anuais como investimento necessário para qualificar mais atletas para olimpíadas

Resumo

O Presidente do Comité Olímpico de Moçambique revelou que são necessários 100 milhões de Meticais por ano para aumentar o número de atletas qualificados para as Olimpíadas. A Assembleia Geral do Comité Olímpico de Moçambique analisou o desempenho da instituição no Ciclo Olímpico 2021-2024 e discutiu a participação do país nos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028. Treze Federações Nacionais estiveram presentes, com exceção da Federação Moçambicana de Futebol e de Basquetebol. O Presidente do COM estimou que com esse investimento anual, cerca de duas dezenas de atletas poderiam ser qualificados em nove modalidades, incluindo basquetebol, voleibol, atletismo, natação, judo, taekwondo, vela e canoagem. A reunião, que decorreu no Centro Olympáfrica em Boane, aprovou o plano de investimento.

Cem milhões de Meticais investidos anualmente é o montante estimado para aumentar o número de atletas qualificados para as olimpíadas, segundo revelou o Presidente do Comité Olímpico de Moçambique, Aníbal Manave, à margem da Assembleia Geral Ordinária do COM decorrei da esta sexta-feira, 21 de Novembro, no Centro Olympáfrica, no Distrito de Boane, na Província de Maputo. 

 

Por Alfredo Júnior e Vanildo Polege (Fotos)

 

Um total de 13 Federações Nacionais, com a ausência da Federação Moçambicana de Futebol e da de Basquetebol marcaram presença na Assembleia Geral Ordinária do Comité Olímpico de Moçambique que teve como principal objectivo analisar o desempenho da instituição no Ciclo Olímpico 2021-2024, perspectivando também a participação do país nos Jogos Olímpicos Los Angeles 2028. 

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Foi nesse âmbito que a margem da Magna reunião que o Presidente do COM, Aníbal Manave, estimou o valor de 100 milhões de Meticais que deveriam ser investido anualmente pelo Estado e demais parceiros da instituição para que mais atletas nacionais se qualifiquem para a olimpíada que se avizinha e que terá lugar lá Estados Unidos da América. Manave deu conta que a acontecer um investimento dessa magnitude o país poderia qualificar perto de duas dezenas de atletas em cerca de nove modalidades. 

 

“Nós, para colocarmos todas as modalidades a competir sem barulho, a participarem nas competições sem barulho, para cumprirem com aquilo que são os seus planos sem barulho, nós precisamos de cerca de 100 milhões de meticais por ano. Com 100 milhões de meticais por ano, tu metes o basquete, o basquete feminino, o voleibol, o atletismo, a natação, o judo, o taekwondo, a vela, a canoagem, o boxe não, por causa da opção do boxe. Cerca de nove das modalidades, que são aquelas que neste momento têm potencial para qualificar, a participarem em todas as competições, a terem estágios mínimos de preparação”, disse Manave.

 

A reunião realizada no Centro Olympáfrica em Boane apreciou e aprovou o relatório de actividades e contas do período 2021 – 2024, tendo o Presidente do COM considerado que a Assembleia decorreu dentro das expectativas e permitiu aos associados tomarem conhecimento dos procedimentos da instituição e projectarem acções para o ciclo olímpico que culminará com a participação dos Jogos de Los Angeles. 

 

“Fundamentalmente, era mais para fazermos o balanço dos últimos quatro anos, não queríamos só fazer de 2024, queríamos fazer para as pessoas terem perspectivas do que é que aconteceu nos últimos quatro anos. Qualificar para os Jogos Olímpicos, para o próximo ciclo, não vai ser tarefa fácil. Então, é preciso fazermos este tipo de reunião para as pessoas perceberem o que é que foi feito. Mas, sobretudo, para dar ideias, luzes, para que cada um possa agora fazer um plano daqui para frente, como é que podemos avançar. Nós já temos um plano estratégico, mas, infelizmente, fizemos com as direções anteriores, então, nós agora queremos, com esse plano, decidir como é que vamos andar para frente em conjunto. Então, temos mesmo que definir o que é que é essencial para atingirmos todos os objetivos. Acho que a mensagem passou e, como ficou ali patente, o relatório que nós apresentamos é o espelho não só do Comité Olímpico, mas também da relação que o Comité Olímpico tem com os seus membros. Portanto, há coisas que nós precisamos melhorar. Então, foi interessante. Eu senti que houve interesse. Nós enviamos os documentos a tempo e horas e as pessoas ficaram muito satisfeitas. E algumas das coisas que foram feitas aqui vão ter que ser aplicadas nas federações para que possamos ter todos o mesmo nível de gestão e, sobretudo, de seriedade”, considerou o nosso interlocutor.

 

EMPRÉSTIMO PARA VIABILIZAR PARIS 2024

 

Na apresentação do Relatório de Contas os associados tomaram conhecimento que o Comité Olímpico teve que recorrer a um empréstimo de curta duração de cerca de 4,5 milhões de Meticais para viabilizar a participação do país nos Jogos Olímpicos Paris 2024.

 

“Tivemos prejuízos, ou melhor, as receitas não cobriam os custos de 2021-2022. Mas, entretanto, cobriam em 2023, mas em 2024 passaram a ter um prejuízo de 722 mil Meticais. Incluímos aquilo que são receitas financeiras e a conta seja oito, que é de outros custos ou ganhos de exercício. Então, se repararmos nos gráficos, temos 64,3 em 2021 e os nossos custos foram de 66 milhões. Em 2022, a situação também foi essa. Em 2024, o resultado foi mínimo, recebemos 64,1 milhões de Meticais e os custos foram 64,8 milhões de Meticais”, explicou Inusso Carimo, da área financeira do COM. 

 

Por seu turno, Aníbal Manave, comentando estes números considerou que “nós todos sabemos que cada vez que uma delegação tem que sair para uma competição, é um caos total, é um ai Jesus, não temos dinheiro. E o que é que acontece? Também somos criticados de que não temos plano. E as pessoas têm razão, não têm plano. Então, foi por isso que o Comité Olímpico decidiu, com base na experiência dos anos anteriores e com base no número de competições que concorrem para que tu possas qualificar, nós decidimos listar as competições, listamos os atletas envolvidos, listamos o valor que é necessário, os recursos que são necessários. Portanto, é um plano feito com muito detalhe. E esse plano permite que possamos todos perceber quanto é que custa e, sabendo quanto é que custa, procurar recursos ou priorizar, aquilo que eu disse antes. Provavelmente nós não vamos arranjar recursos para todos, mas temos que saber o que é que é essencial, o que é que é prioritário, onde é que vamos meter cada Metical que nós vamos utilizar. Qualificar para os Jogos Olímpicos, apesar de muitas modalidades serem individuais, não é barato”.

 

O Comité Olímpico de Moçambique fez nesta reunião uma projecção do plano estratégico para os Jogos Olímpicos 2026, tendo as Federações tomado conhecimento de como podem beneficiar de apoios para a melhoria das capacidades dos atletas nacionais, como é o caso da formação dos treinadores. 

 

“O nível de treinadores que temos em algumas modalidades está aquém do nível dos atletas que eles têm. Portanto, nós estamos com atletas que têm um nível alto, que precisam de outro tipo de treinador.  Então, nós decidimos, e no plano vem lá, que há uma necessidade de formarmos massivamente treinadores. E formarmos treinadores, e o treinador não pode recusar-se a participar na formação achando que já fez o curso do nível A, B, C ou D.  Mas para isso precisa da federação, que imponha e defina critérios para que nível de treinador é que treina um certo atleta. Eu vou dar um exemplo: o voleibol está a trabalhar muito bem nesse aspecto. Vocês já perceberam que eles contrataram um treinador de fora. Estamos a investir muito nas duplas de voleibol. As duplas de voleibol foram para o campeonato do mundo, mas foram com um treinador que está ao nível dos jogadores que nós temos hoje. Portanto, isso impõe-se para a natação, para o atletismo, para o judo e para todas as outras modalidades. Portanto, é assim, se nós não definirmos e impormos que para treinar um atleta é obrigatório ser um treinador de um determinado nível, do nível 3, aí vai ser muito complicado nós obtermos os resultados”, disse o Presidente COM.

 

Refira-se que nesta Assembleia Geral Ordinária foi apresentada a informação sobre a Comissão de Atletas e da Comissão da Mulher e Desporto, áreas que necessitam de ser mais dinamizadas. (LANCEMZ)

 

Fonte: Lance

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