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Wednesday, November 26, 2025
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Ouro Dispara Para Máximo de Duas Semanas Com Apostas Reforçadas Num Corte de Juros da Reserva Federal

Resumo

O ouro atingiu o seu nível mais alto desde 14 de novembro impulsionado por dados económicos fracos nos EUA, um dólar mais fraco e expectativas de um corte de juros pela Reserva Federal dos EUA em dezembro. O ouro à vista subiu 0,8% para USD 4.161,10 por onça, enquanto os futuros do ouro para dezembro recuaram ligeiramente para USD 4.159,00. Investidores estão a posicionar-se para um possível corte de juros, com a probabilidade a subir para 84% em dezembro, comparado com os 50% da semana anterior. Esta mudança deve-se à desaceleração das vendas a retalho em setembro e à evolução moderada do Índice de Preços no Produtor. O ouro beneficia tradicionalmente de ambientes de taxas de juro mais baixas, devido à falta de rendimento associado.

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p style=”margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial”>Dados económicos fracos nos EUA, dólar mais fraco e expectativas de uma postura mais dovish na liderança da Fed impulsionam o metal precioso para o nível mais alto desde 14 de Novembro.

O ouro voltou a ganhar força nos mercados internacionais esta quarta-feira, aproximando-se do valor mais alto das últimas duas semanas, impulsionado pela crescente convicção de que a Reserva Federal dos Estados Unidos poderá avançar com um corte de juros já em Dezembro, num contexto de dados económicos mais fracos e de um dólar em queda.

Segundo os dados mais recentes, o ouro à vista subiu 0,8%, para USD 4.161,10 por onça, o nível mais elevado desde 14 de Novembro. Já os futuros do ouro para entrega em Dezembro recuaram ligeiramente 0,5%, para USD 4.159,00, numa movimentação técnica após ganhos expressivos. O reforço das expectativas de corte de juros tem sido determinante no comportamento do metal precioso, que tradicionalmente beneficia de ambientes de taxas mais baixas, devido à inexistência de rendimento associado ao seu detentor.

“Há um reposicionamento claro dos investidores em direcção à probabilidade crescente de um corte de juros em Dezembro, cenário que tem sido reforçado tanto por declarações mais dovish de responsáveis da Fed como pela moderação dos indicadores económicos”, afirmou Tim Waterer, Analista-Chefe da KCM Trade, citado no relatório internacional .

O mercado financeiro ajustou rapidamente as expectativas. De acordo com os dados do CME FedWatch, a probabilidade de um corte em Dezembro subiu para 84%, bem acima dos 50% registados na semana passada. Esta mudança está associada à desaceleração das vendas a retalho em Setembro e à evolução moderada do Índice de Preços no Produtor (PPI), que subiu 2,7% em termos homólogos — sinal de pressões inflacionistas sob controlo.

A par deste contexto, o dólar norte-americano recuou para o nível mais baixo da última semana, pressionado pela possibilidade de que o próximo presidente da Reserva Federal adopte uma orientação monetária mais flexível, tornando o ouro mais acessível para investidores que operam noutras moedas. Em simultâneo, as taxas das obrigações do Tesouro dos EUA a 10 anos permaneceram próximas dos mínimos de um mês, fortalecendo ainda mais a atractividade do ouro.

Num tom crítico, o Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que o actual sistema da Fed para gerir as taxas de juro “está a enfrentar dificuldades e precisa de ser simplificado”, adicionando incerteza ao quadro monetário norte-americano, mas reforçando a convicção de cortes iminentes.

No mercado físico, surgem sinais mistos. A China, maior consumidora mundial de ouro, registou em Outubro uma queda acentuada de 64% nas importações líquidas via Hong Kong, um indicador que pode reflectir menor procura no curto prazo ou ajustamentos de portefólios em antecipação a alterações na política monetária.

Entre os restantes metais preciosos, a prata valorizou 1%, para USD 51,87 por onça, enquanto a platina deslizou 0,2%, para USD 1.550,40. O paládio recuou 0,5%, para USD 1.390,66, acompanhando o sentimento misto no segmento dos metais industriais e automóveis.

Com o mercado cada vez mais alinhado em torno de um corte de juros em Dezembro, o ouro reafirma o seu papel como activo de refúgio num ambiente de incerteza monetária e sinais mistos na economia global.

Fonte: O Económico

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