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Governo Projecta Crescimento De 2,8% Em 2026 E Aposta Na Retoma Económica Com Foco No Sector Privado

Resumo

O PESOE 2026 prevê um crescimento económico de 2,8% em Moçambique, destacando o dinamismo do setor privado, a estabilização fiscal e o aumento do investimento produtivo. A Primeira-Ministra Benvinda Levi enfatizou a importância de converter o potencial económico em crescimento tangível, através de reformas estruturais e medidas de apoio ao empresariado. O crescimento projetado é impulsionado pela produção agrícola, comércio, transportes e serviços. Apesar das incertezas internacionais e da dependência de importações, o governo espera uma aceleração sustentada por investimentos público e privado, e pela recuperação da procura interna. A Primeira-Ministra considera este crescimento como um sinal de recuperação e compromisso com a mudança estrutural, apesar de ainda estar aquém do potencial económico do país.

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p style="margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial">PESOE 2026 aponta para aceleração da actividade económica, estabilização macrofiscal e reforço do investimento produtivo, num contexto ainda marcado por incertezas internas e externas.

O Governo prevê que a economia moçambicana cresça 2,8% em 2026, um avanço moderado mas significativo face ao ritmo actual de 2025. O Plano Económico e Social e Orçamento do Estado (PESOE) para o próximo ano aponta para maior dinamismo do sector privado, reforço da produção nacional, estabilização fiscal e aceleração do investimento produtivo. Na apresentação oficial, a Primeira-Ministra, Benvinda Levi, sublinhou que o país encontra-se numa fase decisiva para converter potencial económico em crescimento tangível, defendendo reformas estruturais e medidas que permitam “impulsionar a actividade interna, apoiar o empresariado e consolidar a estabilidade macroeconómica”.

Crescimento De 2,8% Em 2026: Uma Retoma Ainda Moderada, Mas Estratégica

Segundo a síntese macroeconómica divulgada à imprensa, o Governo projecta uma expansão de 2,8% em 2026, impulsionada por melhorias na produção agrícola, maior actividade no comércio, recuperação gradual no sector de transportes e maior dinamização dos serviços.

O Executivo admite que as expectativas permanecem condicionadas por um ambiente internacional adverso, pela volatilidade dos preços energéticos e pela dependência de importações críticas. Ainda assim, o cenário aponta para uma aceleração relativa, sustentada por programas de investimento público e privado, e pela recomposição gradual da procura interna.

A Primeira-Ministra frisou que este crescimento, embora ainda distante do potencial da economia, representa um “sinal de recuperação e um compromisso firme com a mudança estrutural”.

Sector Privado Como Motor Da Retoma: Ambição Epressa, Execução Crítica

O documento destaca que o sector privado será o principal motor da retoma económica. O Governo prevê que a dinamização das micro, pequenas e médias empresas, a melhoria do ambiente de negócios e a remoção de barreiras administrativas constituam pilares essenciais para acelerar a economia.

A Primeira-Ministra enfatizou que não basta criar planos: “É necessário que a economia real responda com investimentos, criação de empregos e aumento da produção interna”, sublinhando que a confiança empresarial será determinante para o desempenho económico em 2026.

Neste sentido, o Executivo compromete-se com medidas que visam simplificar processos, melhorar a eficiência regulatória e fortalecer mecanismos de financiamento empresarial, especialmente para sectores produtivos com capacidade de substituição de importações.

Infra-Estruturas, Energia E Transportes: O Tripé Estratégico Para A Actividade Económica

A projecção de crescimento assenta também no reforço da capacidade logística e energética do país. Segundo o Governo, projectos nos sectores de energia, transportes e comunicações constituem a espinha dorsal para aumentar competitividade, reduzir custos operacionais e ampliar a participação das empresas moçambicanas nas cadeias de valor regionais.

Infra-estruturas críticas — como estradas, mobilidade urbana, sistemas eléctricos, corredores ferroviários e plataformas logísticas — serão determinantes para reduzir constrangimentos que historicamente condicionam a actividade privada.

O peso da economia de serviços continuará a crescer, reforçado por investimentos em logística, comércio e cadeia de abastecimento.

Estabilidade Macro-Fiscal: A Condição Necessária Para Aceleração

O PESOE 2026 mantém como prioridade a consolidação fiscal, o controlo do défice e o reforço da arrecadação interna. O Governo reconhece que o aumento da dívida, a pressão sobre as contas públicas e a volatilidade cambial exigem prudência na gestão orçamental e execução disciplinada de políticas macroeconómicas.

A execução fiscal rigorosa será essencial para criar previsibilidade, reduzir riscos e melhorar a confiança dos investidores — particularmente relevante num contexto em que o sector privado volta a ganhar protagonismo no processo de recuperação.

Exportações E Produção Interna: O Desafio Da Competitividade

O Executivo prevê uma recuperação das exportações, apoiada nas indústrias extractivas, na agricultura comercial, no processamento agro-industrial e na diversificação gradual para sectores não tradicionais.

A Primeira-Ministra destacou que o país tem de acelerar a transição da economia baseada em recursos para uma economia baseada em valor acrescentado, afirmando que Moçambique deve “aprofundar a industrialização, reforçar a capacidade produtiva nacional e elevar a competitividade das empresas”.

A diversificação continua a ser um dos maiores desafios do país, com impacto directo na balança comercial, no emprego e na resiliência económica face a choques externos.

Riscos: Choques Climáticos, Preços Internacionais E Dependência De Sectores-Chave

O PESOE 2026 alerta para vulnerabilidades que podem condicionar as projecções:
choques climáticos, riscos geopolíticos, volatilidade dos mercados internacionais e incerteza na execução de projectos de grande escala, sobretudo associadas ao sector de gás natural liquefeito.

A exposição a estes factores implica que a retoma poderá ser desigual, exigindo capacidade de adaptação empresarial e políticas públicas ajustadas às condições reais da economia.

Com um crescimento projectado de 2,8% e uma agenda económica orientada ao investimento privado, o PESOE 2026 coloca o sector empresarial no centro da estratégia de retoma e consolidação macroeconómica. O sucesso deste plano dependerá da capacidade de Moçambique transformar medidas em execução efectiva, dinamizar a produção nacional e fortalecer a confiança dos investidores num ambiente ainda marcado por incertezas internas e externas.

Fonte: O Económico

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