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FACIM 2026 Buscará Reconfigurar-se Como Plataforma De Decisão Económica E Atracção De Investimento

Resumo

O lançamento da FACIM 2026 marca uma mudança estratégica para transformar o evento de uma simples feira de exposição numa plataforma focada em decisões económicas concretas, investimento e impacto mensurável na economia real em Moçambique. A Confederação das Associações Económicas defende que a FACIM deve ser avaliada pelo volume de negócios, contratos assinados e investimentos mobilizados, em vez do número de stands ou visitantes. O vice-presidente da CTA destaca a necessidade de a feira gerar valor económico e eficácia. O Ministro da Economia salienta que a FACIM é um evento empresarial, com o Estado a desempenhar um papel de facilitador e regulador. O desafio para 2026 é aumentar a qualidade da participação empresarial, atrair mais expositores com capacidade de investimento e melhorar os resultados económicos.

Evento Procura Evoluir De Montra Expositiva Para Espaço De Negociação, Contratos E Impacto Económico Mensurável

O lançamento da FACIM 2026 marcou uma inflexão clara na leitura estratégica do maior evento económico do País. Mais do que uma feira de exposição, o discurso convergente entre Governo, sector privado e autoridades locais aponta para a transformação da FACIM numa plataforma orientada para decisões económicas concretas, captação de investimento e geração de impacto mensurável na economia real.

De Feira Representativa A Instrumento De Política Económica

Com mais de seis décadas de existência, a Feira Internacional de Maputo consolidou-se como a principal vitrina da economia moçambicana. Contudo, a maturidade institucional do evento impõe uma evolução qualitativa. Para a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), a FACIM deve passar a ser avaliada não pelo número de stands ou visitantes, mas pelo volume de negócios gerados, contratos assinados e investimentos mobilizados.

O vice-presidente da CTA, Onório Manuel, foi claro ao defender que a edição de 2026 deve ser um ponto de viragem, colocando a eficácia económica no centro da avaliação do evento.

“A FACIM deve deixar de ser apenas representativa e passar a ser eficaz. Mais do que visitada, deve ser geradora de valor económico”, afirmou.

Sector Privado Chamado A Liderar A Nova Fase

Do lado do Executivo, a mensagem é igualmente inequívoca. O Ministro da Economia, Basílio Muhate, sublinhou que a FACIM é, por natureza, um evento do sector empresarial, cabendo ao Estado um papel de facilitador e regulador, e não de protagonista.

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p style="margin-top: 0in;text-align: justify;background-image: initial;background-position: initial;background-size: initial;background-repeat: initial;background-attachment: initial">O desafio lançado para 2026 passa por elevar a qualidade da participação empresarial, ampliar o número de expositores com capacidade efectiva de investimento e melhorar os resultados económicos face às edições anteriores.
“A Feira Internacional de Maputo é um evento para o sector privado. O empresariado deve assumir a liderança, demonstrando o seu compromisso com o desenvolvimento económico do país”, afirmou o governante.

Integração Regional E Inovação Como Vectores De Competitividade

A FACIM mantém-se como uma plataforma relevante para a internacionalização da economia moçambicana, promovendo a integração nos mercados regionais da SADC e na Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA). O Executivo defende, contudo, que esta integração deve ser acompanhada por uma aposta mais consistente na inovação e transformação digital, como factores de competitividade e modernização da economia.

A incorporação de soluções tecnológicas que facilitem negócios, aumentem a eficiência das interacções empresariais e melhorem a experiência dos participantes surge como uma das apostas centrais para reposicionar a feira no contexto económico regional.

Dimensão Territorial E Inclusão Económica

O município de Marracuene, anfitrião do evento, trouxe para o debate a importância da dimensão territorial da FACIM. As autoridades locais defendem que a feira deve gerar impactos directos na economia municipal, promovendo a inclusão efectiva das micro, pequenas e médias empresas, dos jovens e das mulheres empresárias nas cadeias de valor associadas ao evento.

O reforço do conteúdo local é apresentado como opção estratégica, não apenas para dinamizar a economia local, mas também para criar emprego e assegurar que a riqueza gerada pela FACIM circula no território.
“A FACIM é uma oportunidade concreta para dinamizar a economia local, criar emprego e fazer circular riqueza no território”, sublinharam representantes municipais.

Entre Expectativas Elevadas E Teste À Economia Real

Com discursos alinhados e uma ambição claramente assumida, a FACIM 2026 surge como um teste à capacidade de Moçambique converter grandes eventos económicos em resultados concretos. O desafio colocado já não é o de mostrar potencial, mas o de transformar oportunidades em investimento, emprego e transformação produtiva.

Ao reposicionar-se como plataforma de decisão económica, a FACIM 2026 assume um papel mais exigente e estratégico no ecossistema empresarial moçambicano. O sucesso do evento será medido não pelo seu simbolismo, mas pela sua capacidade de gerar impacto real na economia nacional e na vida das empresas e das famílias moçambicanas.

Fonte: O Económico

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