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Saturday, December 27, 2025
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Terminal interprovincial da “Junta” regista movimento intenso de passageiros no Natal

Resumo

Viajantes enfrentam dificuldades na fronteira sul-africana, levando-os a sair de Maputo no Natal. O Terminal Rodoviário da Junta apresentava movimento de saída para Inhambane e Gaza. Passageiros como Arcanjo Simão justificam as viagens de última hora devido a compromissos familiares. Juvêncio de Jesus lamenta não passar o Natal com a família devido a problemas nos transportes sul-africanos. Amosse Ngovene relata dificuldades para chegar a Chókwè devido a longas filas na fronteira. Os transportadores, apesar do ambiente festivo, preferiam ter registado mais movimento. A travessia do lado sul-africano é descrita como desafiante, ao contrário da rapidez do lado moçambicano.

Algumas pessoas partiram, esta quarta-feira, do Terminal Rodoviário da Junta, na cidade de Maputo, com destino a diferentes pontos do país. As dificuldades registadas na fronteira do lado sul-africano são apontadas por muitos viajantes como a principal razão para as deslocações de última hora.

Até às 9 horas do dia de Natal, o Terminal Rodoviário da Junta apresentava algum movimento de saída de pessoas e bens, muitos dos quais provenientes da África do Sul, com destino às províncias de Inhambane e Gaza.

Questionados sobre as razões das viagens em pleno dia festivo, os passageiros mostraram-se unânimes nas respostas. Arcanjo Simão, um dos viajantes ouvidos por O País, disse estar a seguir viagem para a província de Inhambane, onde a família o aguardava.

“Sair em pleno Natal deveu-se a vários compromissos que tive de cumprir antes de deixar a cidade de Maputo, pois vou permanecer algum tempo fora”, explicou.

Muitos dos viajantes utilizam o Terminal da Junta como entreposto e denunciam dificuldades no processo de travessia da fronteira do lado sul-africano. Juvêncio de Jesus, de malas prontas para a cidade de Inhambane, lamenta não ter conseguido passar a quadra festiva junto da família.

“Neste momento, eu gostaria de estar com a minha família a festejar, mas por causa das dificuldades nos transportes acabámos por viajar com muito sacrifício. Sair da África do Sul é quase uma missão impossível. Só depois de chegar a Maputo é que a viagem fluiu”, contou. Situação semelhante foi relatada por Amosse Ngovene, de 52 anos de idade, que desde o dia 23 tenta chegar à cidade de Chókwè vindo da África do Sul.

“Eu já devia ter chegado a casa para estar com a minha família, mas não consegui devido às longas filas. Há muita dificuldade para atravessar a fronteira do lado sul-africano, ao contrário do que acontece do lado moçambicano, onde o processo é mais célere”, afirmou.

Apesar do ambiente típico da quadra festiva, os transportadores dizem que gostariam de ter registado um movimento mais intenso de passageiros. As autoridades do terminal acompanham de perto o fluxo de viajantes e reforçam a sensibilização dos condutores para a observância das normas de segurança ao longo do percurso. Segundo Gil Zunguze, representante dos transportadores, a prioridade é garantir viagens seguras. “Estamos aqui para acautelar estas situações, sensibilizando motoristas e passageiros. É importante que os condutores apliquem, na estrada, os princípios aprendidos na escola de condução, assumindo a responsabilidade de transportar as pessoas em segurança até ao destino”, sublinhou. Entretanto, o movimento ao longo das principais estradas do país continua a decorrer de forma calma.

Maputo registou fraco movimento no comércio e transporte de passageiros 

O comércio e os transportes funcionaram a meio gás durante a celebração do Natal, na cidade de Maputo. As lojas formais estavam fechadas. Apesar do fraco movimento, alguns vendedores informais fizeram-se aos seus postos de trabalho para tentar ganhar mais algum dinheiro.

Daniel Abel, de 26 anos, vendedor informal desde 2017, afirma que até poderia ter escolhido ficar em casa e festejar com a família, mas as condições não lhe permitem.“Eu tenho de estar aqui na rua a ver se consigo mais dinheiro para pão para os meus filhos.”

O comércio não fluía com normalidade, mas há quem tenha conseguido superar as metas. É o caso de Santos Saúte, vendedor informal há mais de 10 anos, que recebeu um número considerável de clientes. 

Em relação à disponibilidade do transporte de passageiros, a procura não respondia à oferta.” Não há nada. O negócio não anda. Entrei às 6h, mas ainda não consegui fechar a receita. Não há passageiros”, destacou Rui Cumbi, transportador semi-colectivo que opera na rota Baixa-Xipamanine, na cidade de Maputo.

Fonte: O País

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