Resumo
No 3.º trimestre de 2025, em Moçambique, houve um aumento significativo no acesso aos serviços financeiros, com destaque para a expansão da moeda eletrónica e do microcrédito, e uma redução dos agentes bancários tradicionais. O relatório do Banco de Moçambique analisou o acesso financeiro em termos geográficos, demográficos e de uso, revelando um crescimento de 7,1% no número total de pontos de acesso, principalmente fora dos grandes centros urbanos. O número de agentes de moeda eletrónica aumentou 8,6%, evidenciando a importância das plataformas digitais na inclusão financeira. Além disso, os operadores de microcrédito cresceram 3,7%, facilitando o financiamento de pequenas atividades económicas. Houve também um aumento de 4,3% no número de contas de moeda eletrónica por cada 100 adultos, indicando uma maior inclusão financeira.
Expansão dos agentes de moeda electrónica e do microcrédito contrasta com forte retração dos agentes bancários, num sinal claro de transformação estrutural do modelo de acesso financeiro no País
Os indicadores de inclusão financeira relativos ao 3.º trimestre de 2025 revelam um aprofundamento do acesso aos serviços financeiros em Moçambique, com destaque para a expansão da moeda electrónica e do microcrédito, ao mesmo tempo que evidenciam uma retração acentuada do modelo tradicional de agentes bancários.
Expansão Territorial E Demográfica Do Acesso Financeiro
O relatório do Banco de Moçambique apresenta uma leitura detalhada do acesso aos serviços financeiros, incorporando dimensões geográficas, demográficas e de uso, com desagregação por género e por áreas urbana e rural. Os dados abrangem os 154 distritos do País, permitindo identificar assimetrias regionais e tendências estruturais na rede de pontos de acesso.
No período em análise, o número total de pontos de acesso cresceu 7,1%, sinalizando um alargamento efectivo da presença dos serviços financeiros formais e semi-formais, sobretudo fora dos grandes centros urbanos.
Moeda Electrónica Consolida-se Como Pilar Da Inclusão
O crescimento foi impulsionado, em particular, pelo aumento de 8,6% nos agentes de moeda electrónica, confirmando o papel central das plataformas digitais e dos serviços financeiros móveis na inclusão financeira em Moçambique. Este desempenho reflecte não apenas a maior capilaridade territorial destes agentes, mas também a sua adequação às dinâmicas económicas locais, sobretudo em zonas rurais e periurbanas.
Paralelamente, registou-se um crescimento de 3,7% nos operadores de microcrédito, reforçando o acesso ao financiamento de pequena escala, essencial para micro e pequenas actividades económicas.
Mais Contas, Menos Barreiras
Um dos indicadores mais relevantes do período foi o aumento de 4,3% no número de contas de moeda electrónica por cada 100 adultos. Este crescimento foi sustentado por vários factores estruturais, entre os quais se destacam a simplificação dos processos de adesão e utilização, a interoperabilidade entre instituições de moeda electrónica e bancos comerciais, bem como o reforço das acções de divulgação dos produtos e serviços financeiros digitais.
Estes desenvolvimentos indicam uma progressiva normalização do uso da moeda electrónica como instrumento de pagamentos, poupança e transferências, com impactos directos na formalização gradual da economia.
Recuo Acentuado Do Modelo De Agentes Bancários
Em contraste com a expansão da moeda electrónica, o relatório evidencia uma redução significativa de 70,6% no número de agentes bancários, resultado da decisão de alguns bancos comerciais de descontinuar este modelo de prestação de serviços.
Este recuo sugere uma reconfiguração estratégica do sector bancário, que passa a privilegiar canais digitais e parcerias indirectas, levantando, contudo, desafios adicionais em termos de proximidade física, educação financeira e confiança do público, sobretudo em zonas menos digitalizadas.
Uma Inclusão Financeira Em Transição
No seu conjunto, os indicadores do 3.º trimestre de 2025 mostram que a inclusão financeira em Moçambique está a evoluir para um modelo mais digital, descentralizado e orientado para a moeda electrónica, com ganhos claros em termos de cobertura e acessibilidade. Ao mesmo tempo, a forte retracção dos agentes bancários evidencia a necessidade de políticas e soluções complementares que assegurem que a transição tecnológica não aprofunda desigualdades de acesso.
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Fonte: O Económico






