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Monday, December 29, 2025
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Petróleo Sobe Com Geopolítica No Radar, Apesar De Riscos De Excesso De Oferta

Resumo

Os mercados petrolíferos iniciaram a semana em alta devido a desenvolvimentos diplomáticos na Ucrânia e tensões no Médio Oriente. Após uma queda na sexta-feira, os preços do petróleo recuperaram ligeiramente. O crude Brent subiu para cerca de 61,27 dólares por barril e o WTI para cerca de 57,32 dólares por barril. As conversações entre os EUA e a Ucrânia alimentaram expectativas de redução do risco geopolítico nos preços do crude, mas a falta de progresso em questões críticas como o estatuto de Donbas mantém o mercado cauteloso. No Médio Oriente, os ataques sauditas no Iémen e declarações do Irão sobre possíveis conflitos com EUA, Europa e Israel aumentam os receios de disrupções.

Os mercados petrolíferos iniciaram a semana em alta, num contexto em que os investidores ponderam os desenvolvimentos diplomáticos em torno da guerra na Ucrânia e a persistência de tensões no Médio Oriente. Apesar da recuperação dos preços, o mercado continua dividido entre o impacto da geopolítica e os receios de um excesso de oferta global que poderá limitar ganhos mais sustentados.

Recuperação Após Forte Queda Na Sexta-Feira

Depois de uma queda superior a 2% na sessão de sexta-feira, os preços do petróleo inverteram a tendência no início da semana. O crude Brent subiu cerca de 1%, fixando-se em torno de 61,27 dólares por barril, enquanto o WTI avançou para cerca de 57,32 dólares por barril, reflectindo um movimento técnico de recuperação num mercado ainda sensível a notícias políticas e diplomáticas .

A descida registada anteriormente esteve associada à expectativa de um possível acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia, cenário que poderia aliviar riscos geopolíticos e reforçar a percepção de excesso de oferta no mercado global.

Conversações EUA–Ucrânia Mantêm Mercado Em Suspense

As atenções do mercado estiveram centradas no encontro entre o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Declarações indicando que as partes estariam “muito próximas” de um entendimento para pôr fim ao conflito alimentaram expectativas de uma redução do prémio de risco geopolítico incorporado nos preços do crude.

No entanto, a ausência de avanços concretos sobre questões territoriais críticas, como o estatuto da região de Donbas, levou analistas a considerar improvável um desfecho rápido, mantendo o mercado num estado de expectativa cautelosa.

Médio Oriente Reforça Risco De Disrupções

Em paralelo, os mercados continuam atentos à evolução das tensões no Médio Oriente. Ataques aéreos da Arábia Saudita no Iémen e declarações do Irão sobre um cenário de “guerra em larga escala” com os Estados Unidos, a Europa e Israel reacenderam receios de perturbações na oferta de petróleo numa das regiões mais sensíveis do mundo em termos energéticos.

Além disso, os ataques mútuos entre a Rússia e a Ucrânia a infra-estruturas energéticas continuam a ser um factor de incerteza adicional, contribuindo para a volatilidade dos preços.

Excesso De Oferta Continua A Limitar Ganhos

Apesar do suporte geopolítico, o mercado permanece condicionado por factores estruturais. Analistas alertam para a possibilidade de um excesso de oferta global em 2026, impulsionado pela produção elevada dos Estados Unidos e pela capacidade ociosa de alguns produtores da OPEP+.

No curto prazo, o WTI é esperado negociar num intervalo aproximado entre 55 e 60 dólares por barril, enquanto o Brent deverá manter-se sensível a qualquer sinal adicional proveniente das frentes diplomática e militar, bem como a eventuais sanções ou medidas de fiscalização sobre exportações de países como a Venezuela.

Equilíbrio Frágil Entre Geopolítica E Fundamentos De Oferta

A recuperação dos preços do petróleo reflecte um equilíbrio delicado entre riscos geopolíticos ainda elevados e fundamentos de mercado que apontam para uma oferta confortável. Enquanto não houver clareza quanto ao desfecho do conflito na Ucrânia e à trajectória da produção global, o crude deverá continuar a negociar num ambiente de volatilidade contida, mas altamente reactivo a notícias políticas.

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Fonte: O Económico

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