Resumo
Metais preciosos como prata, platina, ouro e paládio corrigiram em 30 de dezembro de 2025, após atingirem máximos históricos. O ouro caiu mais de 4%, para 4.330,79 dólares por onça, após alcançar um recorde de 4.549,71 dólares na semana anterior. Prata e platina recuaram 9,5% e 14,5%, respetivamente, após atingirem máximos durante a sessão. O paládio também caiu 15,9%. A realização de lucros e a liquidez reduzida foram apontadas como razões para a correção dos preços. Apesar das quedas, os metais acumulam ganhos significativos em 2025. Os analistas referem que as quedas refletem as valorizações recentes intensas, levando a vendas técnicas e realização de lucros.
– Prata e platina recuam após atingirem máximos históricos durante a sessão;
– Ouro cai mais de 4% depois de ter alcançado novo recorde na semana passada;
– Realização de lucros e liquidez reduzida explicam a correcção dos preços;
– Apesar do recuo, metais acumulam ganhos expressivos em 2025.
Os metais preciosos registaram fortes quedas nos mercados internacionais, à data de 30 de Dezembro de 2025, com prata e platina a recuarem a partir de máximos históricos atingidos no início da sessão, num movimento explicado sobretudo por realização de lucros após valorizações acentuadas e por condições de liquidez mais reduzida, típicas deste período.
Ouro recua após novo recorde histórico
O ouro à vista caiu 4,5%, para 4.330,79 dólares por onça, depois de ter atingido um máximo histórico de 4.549,71 dólares na semana passada. Já os futuros do ouro nos Estados Unidos, com entrega em Fevereiro, fecharam em queda de 4,6%, nos 4.343,60 dólares por onça.
Apesar da correcção, o ouro mantém um desempenho robusto em 2025, acumulando uma valorização de cerca de 65% desde o início do ano, sustentado pelo seu estatuto de activo de refúgio num contexto de incerteza económica e geopolítica.
Prata e platina lideram quedas após máximos recorde
A prata recuou 9,5%, para 71,66 dólares por onça, depois de ter tocado um recorde histórico de 83,62 dólares durante a sessão. A platina registou uma queda ainda mais acentuada, de 14,5%, fixando-se em 2.096,53 dólares por onça, após ter alcançado um máximo de 2.478,50 dólares.
Segundo analistas de mercado, a magnitude das quedas reflecte a intensidade das valorizações recentes, que levaram os preços para níveis considerados excessivos no curto prazo, desencadeando vendas técnicas e realização de ganhos.
Paládio também sob forte pressão
O paládio acompanhou a tendência negativa do sector, com uma queda de 15,9%, para 1.617,47 dólares por onça. Tal como a platina, o metal permanece, ainda assim, no caminho para encerrar 2025 com ganhos acumulados, beneficiando da procura industrial e de constrangimentos na oferta.
Realização de lucros explica correcção
De acordo com operadores de mercado, todos os principais metais preciosos haviam atingido níveis recorde ou próximos de máximos históricos, criando condições propícias a um movimento de realização de lucros. A situação foi agravada por liquidez reduzida, associada ao período festivo e a prazos regulatórios relevantes nos Estados Unidos relacionados com investigações sobre minerais críticos .
Fundamentais mantêm-se favoráveis no médio prazo
Apesar do recuo observado, analistas sublinham que os fundamentos de médio prazo permanecem favoráveis, em particular para a prata, que em 2025 acumula uma valorização de cerca de 147%, superando largamente os restantes metais preciosos. A performance é atribuída ao seu estatuto de mineral crítico, a restrições na oferta e ao aumento da procura industrial e de investimento.
Neste contexto, o movimento registado nos mercados é interpretado como uma correcção técnica após uma subida excepcional, e não como uma inversão estrutural da tendência de fundo.
Fonte: O Económico






