A infra-estrutura invisível que alimenta a IA
De acordo com o artigo publicado no portal The Conversation, ao contrário do que se possa imaginar, o desenvolvimento da inteligência artificial (IA)depende de questões que vão além da própria tecnologia
A manufactura desse ecossistema composto por servidores, redes, unidades de processamento, sistemas de armazenamento e refrigeração, fontes de energia, sensores e cabeamentos, exige uma ampla variedade de minerais e metais, em sua maioria extraídos em diferentes regiões do Sul Global. Entre os mais relevantes estão gálio, germânio, silício metálico, tântalo, metais do grupo da platina, cobre, terras raras, prata e ouro, geralmente purificados em altos graus para atender às exigências electrónicas, ópticas e magnéticas dos equipamentos.
Outro aspecto ligado ao desenvolvimento da IA é o elevado consumo de energia. Devido a características intrínsecas, como o uso de redes neurais complexas e a movimentação de vastos conjuntos de dados entre milhares de componentes físicos, as aplicações de IA consomem muito mais electricidade do que serviços digitais convencionais. Para atender esta crescente demanda, grandes empresas de tecnologia têm investido em fontes renováveis, como solar e eólica.
No entanto, essas fontes também dependem fortemente de minerais críticos, devido à menor densidade energética, à vida útil reduzida e às dificuldades de reciclagem. Para atender à demanda prevista de 35 GW dos data centers dos EUA até 2030 exigiria cerca de 50 milhões de painéis solares – evidenciando a intensificação da pressão sobre a extracção mineral.
Esse cenário revela que a expansão da IA impõe desafios que vão muito além do campo da inovação tecnológica, envolvendo dimensões ambientais, sociais, económicas e geopolíticas.
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Fonte: INTC