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Thursday, October 9, 2025
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Agências de saúde lançam diretrizes para travar mortes por hemorragia pós-parto

Resumo

A OMS, a Figo e a CIP emitiram novas diretrizes para a prevenção, diagnóstico e tratamento da hemorragia pós-parto (HPP), principal complicação do parto a nível mundial. As recomendações incluem critérios atualizados de diagnóstico, medidas para deteção precoce e ações imediatas em caso de HPP. A HPP afeta milhões de mulheres anualmente, causando cerca de 45 mil mortes e impactos físicos e psicológicos. As diretrizes visam maximizar o uso de recursos para garantir mais sobrevivências ao parto, enfatizando a importância de cuidados pré-natais e pós-natais para reduzir fatores de risco, como a anemia. Recomenda-se a administração de ferro e folato durante a gravidez e a adoção das novas recomendações para tornar a HPP uma tragédia do passado.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, a Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia, Figo, e a Confederação Internacional de Parteiras, CIP, pediram mudanças na prevenção, diagnóstico e tratamento da hemorragia pós-parto, HPP, principal complicação do parto no mundo.

As novas diretrizes históricas incluem critérios atualizados de diagnóstico e um conjunto de medidas que podem salvar a vida de dezenas de milhares de mulheres a cada ano.

Diagnóstico da HPP

A hemorragia pós-parto, HPP, é diagnosticada como uma perda de sangue de 500 ml ou mais. Os profissionais de saúde são aconselhados a agir quando a perda atinge 300 ml, ou quando há anormalidade nos sinais vitais.

Para facilitar o diagnóstico precoce, médicos e parteiras devem monitorar as mulheres de perto após o parto e usar campos calibrados, dispositivos simples que coletam e medem com precisão o sangue perdido. A deteção precoce é fundamental já que muitos casos de HPP ocorrem sem fatores de risco identificáveis.

Complicação perigosa

A HPP afeta milhões de mulheres, todos os anos, e causa cerca de 45 mil mortes, tornando-se uma das principais causas de mortalidade materna em todo o mundo. Mesmo quando não é fatal, pode gerar impactos físicos, como danos em órgãos, e psicológicos, como ansiedade e trauma.

Segundo o Jeremy Farrar, diretor-geral adjunto para a promoção da saúde e prevenção e tratamento de doenças, “a hemorragia pós-parto é a complicação mais perigosa do parto, uma vez que pode agravar-se a uma velocidade alarmante.” Embora nem sempre previsível, as mortes podem ser evitadas, e as novas diretrizes pretendem maximizar o uso de recursos e garantir que “mais mulheres sobrevivam ao parto.”

Uma mulher grávida é examinada em uma clínica móvel no sul de Madagascar
ONU News/Daniel Dickinson

Uma mulher grávida é examinada em uma clínica móvel no sul de Madagascar

Novas diretrizes

As recomendações preveem a implementação imediata de um conjunto de ações assim que a HPP for diagnosticada. Entre elas estão a massagem do útero, medicamentos para estimular as contrações, uso de ácido tranexâmico para reduzir o sangramento, administração de fluidos intravenosos, exame vaginal e intensificação dos cuidados se o sangramento persistir.

Caso o sangramento continue, podem ser necessárias intervenções como cirurgia ou transfusão de sangue para estabilizar a condição da mulher até que um tratamento adicional esteja disponível.

Redução de riscos

As diretrizes também enfatizam a importância de bons cuidados pré-natais e pós-natais para reduzir fatores de risco, como a anemia, que aumenta a probabilidade de HPP.

Recomenda-se a administração diária de ferro e folato durante a gravidez, ou transfusões intravenosas de ferro quando é necessária uma resposta mais rápida.

A CIP incentiva governos, sistemas de saúde e parceiros a adotarem as novas recomendações e a investirem em parceiras e cuidados maternos, para que “a hemorragia pós-parto se torne uma tragédia do passado.”

Fonte: ONU

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